CSN Mineração (CMIN3) tem prejuízo no 1T25 e ações caem mais de -4%
CSN Mineração fecha trimestre no vermelho impactada pelo resultado financeiro negativo no trimestre; veja nossa análise
As ações da CSN Mineração (CMIN3) encerraram em queda de -4,72%, a R$ 5,82, nesta sexta-feira, 9, após a divulgação de resultados na noite de ontem.
A companhia reportou resultados abaixo do consenso de mercado, com uma receita líquida de R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), alta de +21,7%, e Ebitda ajustado de R$ 1,4 bilhão, +27,1% de alta. No entanto, teve um prejuízo de R$ 357 milhões, contra um lucro de R$ 558 milhões no mesmo período do ano anterior.
Controlada pela CSN (CSNA3), com 80% de participação, a CSN Mineração reportou um trimestre positivo operacionalmente.
Destaques da CSN Mineração no 1T25
O volume de venda totalizou 9,6 milhões de toneladas, aumento de 5,4% na comparação anual. Contudo, o preço médio do minério de ferro apresentou um recuo de -16% em relação à média no 1T24.
Isso, somado à valorização do dólar, refletiu em uma receita líquida de R$ 3,4 bilhões, representando uma alta de +22% a/a.
O custo C1, apresentou um recuo de -11% no 1T25 comparado ao 1T24. Entretanto, os custos totais tiveram um aumento de +18% a/a. Assim, a margem bruta encerrou o trimestre em 34,4% (+1,8 p.p.).
O Ebitda ajustado da CSN Mineração totalizou R$ 1,4 bilhões no período, um crescimento de +27% na comparação anual, enquanto a margem Ebitda ficou em 41,8% (+1,8 p.p.).
Na contramão do bom resultado operacional, a mineradora reportou um prejuízo líquido de R$ 357 milhões, revertendo o lucro de R$ 558 milhões no 1T24. O prejuízo se deu pelo resultado financeiro negativo de mais de R$ 1 bilhão no trimestre.
O que esperar de CSN Mineração (CMIN3) nos próximos anos?
No longo prazo, a CSN Mineração conta com projetos de expansão de sua produção no segmento de mineração. No entanto, em razão de sua elevada dependência de um cenário macroeconômico favorável, a expectativa é de que seus resultados permaneçam pressionados nos próximos anos.
Diante da baixa visibilidade, nossa preferência fica para a Vale (VALE3) que possui uma rentabilidade superior e um histórico mais resiliente de distribuição de dividendos.
Sendo assim, ficamos de fora de CSN Mineração no momento.
CMIN3 pagará R$ 1,3 bi em dividendos e JCP
Além do balanço do 1T25, a CSN Mineração aprovou a distribuição de dividendos e juros sob o capital próprio (JCP) no valor de R$ 1,3 bilhão, sendo:
- Dividendos: distribuição de R$ 1,09 bilhão, correspondendo a R$ 0,2006/ação;
- JCP: distribuição de R$ 210 milhões, correspondendo a R$ 0,0386/ por ação.
Fazem jus ao recebimento desses dividendos e JCP, os acionistas detentores das ações da companhia no dia 12 de maio de 2025. Assim, a partir do dia 13 de maio, as ações serão negociadas “ex-dividendos”.
O pagamento dos dividendos e JCPs será efetuado até o dia 31 de dezembro de 2025. A data específica do pagamento será a informada posteriormente pela companhia.
O dividend yield de CSN Mineração (CMIN3) dos últimos 12 meses é de 12,7%.
No momento, não temos recomendação de compra para as ações da CSN Mineração (CMIN3).
