Copom mantém Selic em 15%. Quando a taxa vai cair?

Copom mantém Selic em 15% e muda o tom: corte pode vir em 2026. Veja como investir melhor agora

Marilia Fontes 18/09/2025 09:32 5 min Atualizado em: 18/09/2025 10:40
Copom mantém Selic em 15%. Quando a taxa vai cair?

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano. O comunicado foi duro, como esperado, mas trouxe uma mudança sutil que pode fazer toda a diferença: o Banco Central retirou a menção à possibilidade de retomar a alta de juros. 

É como se dissesse que “a porta de subida está fechada” e que, a partir de agora, só resta olhar para baixo — ainda que com cautela.

Por que o Copom manteve a Selic em 15%

O documento começou tratando do cenário internacional, que ontem também passou por uma decisão importante. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) reduziu novamente os juros em 0,25 ponto, para a faixa de 4% a 4,25%, e indicou mais dois cortes ao longo de 2025. 

A lógica é simples: quando os juros lá fora caem, fica mais fácil para o Brasil também aliviar a Selic sem perder a atratividade para o investidor estrangeiro. É como em um campeonato: se o adversário tira o pé do acelerador, você ganha espaço para administrar o jogo.

No cenário doméstico, a mensagem foi de equilíbrio delicado. O crescimento da atividade mostra sinais de moderação, mas o mercado de trabalho continua forte, com desemprego em mínimas históricas. Ao mesmo tempo, as expectativas de inflação seguem acima da meta. 

Em outras palavras: a economia não está esfriando de forma homogênea, o que exige do Banco Central a manutenção da taxa em patamar elevado por mais tempo.

O que mudou no comunicado do Copom

A grande novidade foi a retirada de trechos que antes falavam em “interrupção do ciclo de alta”:

Antes:

Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma continuação na interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

Depois:

O Comitê seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

Essa frase funcionava como uma ameaça velada: se fosse preciso, os juros poderiam subir ainda mais. Agora, com essa possibilidade fora do texto, o recado é outro. O Copom está preparando o terreno — como quem vai limpando o caminho — para, em algum momento de 2026, começar a reduzir a Selic.

O mercado já captou a mudança de clima nos últimos dias. O câmbio cedeu, os juros futuros caíram e a Bolsa brasileira renovou máximas históricas. O mercado, como eu sempre digo por aqui, não espera o ciclo de queda acontecer e ficar óbvia para agir. 

O início da preparação do terreno para uma queda futura já é suficiente para animar os ativos, e quem espera demais para embarcar nesse trem pode encontrar a Bolsa já em 200 mil pontos.

Renda fixa: prefixados e IPCA+ ganham destaque

Para o investidor, o cenário abre duas frentes de estratégia. Na renda fixa, títulos prefixados e papéis atrelados à inflação de longo prazo podem oferecer ganhos expressivos com a queda das taxas. 

Bolsa: ativos sensíveis a juros saem na frente

Na Bolsa, o preço/lucro médio segue em torno de oito vezes, um nível de “promoção histórica” quando comparado aos padrões internacionais. Mas, como toda liquidação, ela não dura para sempre. Ações de crescimento e setores mais sensíveis a juros devem ser os principais beneficiados se o ciclo de queda se confirmar.

No fim, tudo se resume a estratégia e momento de vida. Quem busca crescimento patrimonial precisa aceitar algum risco e aproveitar janelas como a atual. Quem já está na fase de preservação pode olhar para renda — fundos imobiliários, dividendos ou mesmo renda fixa pós-fixada. 

Como lucrar mais com a Selic alta

O importante, como sempre digo por aqui, é não ficar apenas reagindo às notícias do dia, como quem é levado pela maré. O grande diferencial está em se antecipar, montar a carteira com consciência e ter disciplina para atravessar o caminho, quando ainda ninguém fala sobre isso. 

Eu já venho falando de Bolsa aqui há um bom tempo, bem antes das máximas históricas e do assunto virar “trend” entre os influencers. 

Quem aceitou o risco e comprou boas empresas já acumula um retorno de aproximadamente 80%. Quem só aceita “ver para crer” vai levar 15% esse ano (não que esteja ruim, mas está deixando uma excelente oportunidade passar).

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