Como escolher fundos de ações: dicas para Investidores

Não sabe como escolher fundos de ações? Entenda como eles funcionam e saiba quais critérios avaliar antes de escolher uma opção para investir.

Nord Research 13/08/2023 13:32 6 min
Como escolher fundos de ações: dicas para Investidores

Os fundos de ações são uma boa oportunidade para quem quer investir em renda variável, mas não tem tempo ou conhecimento para acompanhar e operar diretamente no mercado financeiro de ações. Contudo, entre tantas opções, como escolher os fundos de ações mais lucrativos?

Como um investimento coletivo, esses fundos aplicam recursos de vários investidores em uma carteira diversificada de ações com o auxílio de um gestor profissional. Assim, podem trazer uma rentabilidade maior que a dos investimentos em renda fixa. Apesar dos benefícios da diversificação, essa estratégia também traz riscos que devem ser considerados.

Neste artigo, entenda como funciona a alternativa, quais são as suas características, seus benefícios, riscos e descubra como escolher os melhores fundos para investir.

Sumário

O que são fundos de ações?

Os fundos de ações são fundos de investimentos com o foco principal em ações. Eles funcionam de forma muito semelhante à dos outros fundos disponíveis: cada participante compra uma cota do fundo e o valor total é aplicado em lotes de ações por um gestor profissional, que fica responsável por fazer as aplicações, realocações e análises das ações.

Tipos de fundos de ações

Existem algumas classificações para os fundos de ações conforme o tipo de ativo que investe ou da estratégia utilizada:

  • Indexados (ou Passivos): têm como objetivo estratégico replicar as o desempenho de algum indicador de referência e seus critérios, como o Ibovespa;
  • Ativos: com o objetivo de superar um índice de referência de bolsa, o gestor escolhe ativamente a composição da carteira;
  • Valor ou Crescimento: se concentram em empresas em que o preço das ações negociadas esteja menor que o  seu valor justo estimado ou que tenham um histórico de alto crescimento, seja de receita, lucro ou fluxos de caixa;
  • Setoriais: investem em um mesmo setor da economia, como empresas de serviços públicos ou de energia elétrica, por exemplo;
  • Dividendos: se concentra em ações de empresas com bom histórico de renda gerada e, como consequência, o pagamento de dividendos;
  • Small Caps: investem em ações de empresas com valor de mercado mais baixo, que normalmente têm menor porte e liquidez reduzida.

Como os fundos de ações são regulados?

Os fundos de ações são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, o órgão determina regras gerais para o mercado de capitais e fiscaliza o seu cumprimento pelos participantes do sistema.

Entre os seus principais objetivos estão proteger o investidor, garantir o bom funcionamento do mercado e estimular a educação financeira.

Além disso, esses fundos também são autorregulados pela a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A entidade é responsável por criar normas que garantam a transparência e segurança no mercado financeiro de capitais.

Quais são as características dos fundos de ações?

Os fundos de ações são um investimento prático por terem um gestor responsável pelas aplicações e o seu acompanhamento. A lógica é simples: as cotas do fundo se valorizam quando as aplicações têm resultado positivo e desvalorizam quando o desempenho é ruim.

Confira algumas das principais características do modelo de investimento a seguir.

Rentabilidade

Normalmente, o rendimento acompanha o desempenho da bolsa de valores, mas também costuma seguir algum índice de referência do mercado. Assim, é possível saber se o fundo está com uma boa rentabilidade ao comparar a performance do fundo com a do índice.

Ainda é importante lembrar que esses fundos têm uma grande volatilidade, com a possibilidade de variações bruscas no valor das cotas, daí vem o risco ao investir.

Custos

Os fundos de ações contam com tarifas dedicadas à remuneração do gestor e do administrador. Por exemplo, as taxas de administração e de performance, que incidem como um percentual sobre o valor investido. É importante conferir todos esses custos antes de escolher um fundo específico.

Ainda é importante ter atenção aos impostos. O Imposto de Renda é aplicado sobre a rentabilidade na alíquota de 15%. Já o IOF incide sobre o rendimento de resgates feitos antes de 30 dias após a data da aplicação e seu valor pode variar de 96% a 0% a depender do período em que o dinheiro ficou aplicado.

Riscos

Comparados a outros tipos de investimentos, como ações individuais, esses fundos oferecem mais diversificação, o que reduz os riscos da carteira. Contar com uma gestão profissional também pode ser uma vantagem para investidores que ainda não têm muita experiência ou disponibilidade para acompanhar o mercado.

Os fundos de ações são investimentos arriscados, considere isso antes de investir. 

Apesar das vantagens, é importante lembrar que os fundos de ações também apresentam riscos, como a possibilidade de perder o capital investido devido às oscilações do mercado e, como consequência, do preço das ações.

Como escolher os melhores fundos de ações?

Pesquisar e comparar os fundos de ações é muito importante para reduzir os riscos do investimento. Por exemplo, analisar o histórico do fundo, do seu gestor e a sua liquidez. Você pode conferir os seguintes critérios para escolher fundos mais adequados ao seu perfil:

  • Riscos: avalie a sua disposição para assumir os riscos de um investimento em renda variável;
  • Gestor do fundo: pesquise o histórico de desempenho do gestor e as estratégias que ele utiliza;
  • Aplicação mínima: confira o valor mínimo para a aplicação nu fundo e se ele está de acordo com a sua intenção;
  • Tarifas: verifique as taxas administrativas e de performance. Quanto mais altas as taxas, maiores serão os custos operacionais;
  • Performance: compare a volatilidade, o comportamento do fundo e o seu potencial de retorno históricos, mas lembre-se que eles não garantem ganhos futuros;
  • Composição do fundo: pesquise as ações que compõem o fundo e avalie se elas são diversificadas o suficiente para equilibrar riscos;
  • Liquidez: informe-se em quanto tempo será possível resgatar o valor do seu investimento quando resolver fazê-lo. Alguns fundos têm liquidez mais rápida, como D+1 ou D+3, enquanto outros têm prazos mais longos, como 30 ou 90 dias.

Além de avaliar cada aspecto individualmente, também pode ser de grande ajuda pesquisar avaliações de especialistas e casas de análises, como a Nord Research. Assim, fica mais fácil conferir fundos com boas pontuações globais.

Conclusão

Saber como escolher fundos de ações pode ser bastante útil para quem quer diversificar a sua carteira de investimentos e aproveitar as possibilidades dos investimentos em rendas variáveis.

Com um gestor responsável pelas aplicações e o seu acompanhamento, o investidor tem mais segurança e praticidade para operar no mercado, mas ainda é importante considerar os riscos de apostar em uma alternativa com alta volatilidade.

Entre os critérios para escolher os fundos mais adequados ao seu perfil estão os riscos envolvidos, o gestor do fundo, as tarifas aplicadas, o histórico e a composição do fundo, além da sua liquidez.

Se você precisa de ajuda para fazer essa análise, lembre-se que pode contar com o auxílio de especialistas em investimentos para tira dúvidas e receber recomendações indicadas especialmente para o seu perfil de investidor.

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