CCB: entenda o que é e como funciona a cédula de crédito bancário
Descubra o que é CCB, como funciona essa cédula de crédito bancário e qual seu papel em operações de empréstimo, crédito e investimentos privados

A Cédula de Crédito Bancário (CCB) é um título de crédito emitido por instituições financeiras que representa um empréstimo concedido a uma pessoa física ou jurídica. Funciona como um contrato que formaliza a dívida e os termos de pagamento entre o banco e o tomador do crédito.
A CCB pode ser utilizada como um instrumento de renda fixa quando cedida para terceiros ou adquirida por fundos e investidores. Ela oferece rentabilidade pré-estabelecida e está relacionada ao crédito privado. Como qualquer aplicação de crédito, envolve o risco de inadimplência do tomador.
Sumário
- Como funciona a Cédula de Crédito Bancário?
- Quais são as características de uma CCB?
- CCB é segura? Tem garantia?
- Quem pode emitir e receber uma CCB?
- Qual a diferença entre CCB e outros instrumentos de crédito?
- A CCB como instrumento de investimento
- Como a CCB aparece para o investidor?
- CCB digital: inovação no mercado financeiro
- Quais são as vantagens de investir em CCB?
- Nord Wealth: gestão estratégica para quem busca investir com segurança e eficiência
Como funciona a Cédula de Crédito Bancário?
Como mencionado, a CCB representa uma promessa de pagamento feita por uma pessoa ou empresa a um banco. Ela funciona como um contrato que comprova o empréstimo concedido e os termos para a devolução do dinheiro.
O processo de emissão de uma CCB é simples. Primeiro, o banco analisa o histórico do tomador e define se exige aval ou alienação fiduciária de um bem (transferência da posse do bem como garantia). Em seguida, emite a cédula com todas as cláusulas, coleta as assinaturas e registra o arquivo — que pode ser feito tanto no formato físico, em papel, quanto digital, com assinatura eletrônica. Recursos liberados, começa a valer o cronograma de juros e amortizações.
Para que tenha validade jurídica, a Cédula de Crédito Bancário deve conter informações claras, como:
- identificação das partes envolvidas (banco e tomador);
- valor do crédito concedido;
- taxa de juros aplicada;
- prazos e datas para pagamento;
- condições para eventual inadimplência;
- assinaturas das partes ou equivalente digital.
Para entender o impacto da CCB na prática, imagine uma rede de restaurantes que precisa de R$ 5 milhões para abrir cinco novas unidades. Em vez de contratar três ou quatro linhas diferentes — leasing de equipamentos, capital de giro, cartão BNDES — a empresa oferece como garantia duas lojas já consolidadas e fecha uma CCB de cinco anos, pagando prestações semestrais. O dinheiro chega rapidamente, a garantia reduz o custo da dívida e o negócio cresce sem travar o fluxo de caixa.
Agora pense em uma indústria têxtil cuja produção se concentra no segundo semestre, mas precisa comprar algodão em abril. Ela contrata uma CCB de R$ 800 mil com amortização única (bullet) para janeiro seguinte, quando entram as vendas de Natal. O banco aceita duplicatas como garantia, a fábrica garante matéria-prima no momento certo e os juros são pagos só no fim, evitando sufocar o caixa no período mais crítico do ano.
Nem sempre a CCB envolve grandes cifras. Um professor do setor público que precisa de R$ 40 mil para reformas em casa pode recorrer a uma CCB consignada: o desconto em folha diminui o risco de calote e o banco oferece uma taxa bem abaixo do rotativo do cartão.
Até o varejo se beneficia: lojas que vendem em 12× sem cartão costumam antecipar seus recebíveis emitindo CCBs lastreadas nesses contratos e cedendo os títulos a um FIDC. Assim, recebem à vista sem encarecer o parcelamento para o cliente — e quem compra a CCB ganha exposição a um fluxo de pagamentos diversificado.
Quais são as características de uma CCB?
Antes de uma CCB ser considerada válida e ter força jurídica, ela precisa conter uma série de informações obrigatórias. Esses elementos garantem clareza nas condições do crédito concedido, facilitam a cobrança em caso de inadimplência e são essenciais para a segurança tanto do banco quanto do investidor.
Confira, a seguir, os principais itens que compõem uma Cédula de Crédito Bancário:
Item | Descrição |
Valor do crédito | Montante total emprestado ao tomador, que será devolvido com juros ao longo do prazo contratado. |
Prazo | Tempo combinado para a quitação da dívida, com vencimento único ou parcelas mensais. |
Taxa de juros | Percentual cobrado sobre o valor emprestado. Pode ser fixa (ex: 15% ao ano) ou variável (ex: CDI + 2%). |
Forma de pagamento | Indica como o pagamento será feito: número de parcelas, periodicidade (mensal, semestral etc.) e meio (débito em conta, boleto etc.). |
Garantias | Pode envolver bens (imóvel, veículo), fiador ou até não ter garantia formal (chamada de "sem garantia real"). |
Identificação das partes | Dados completos de quem empresta e de quem toma o crédito (nome, CPF/CNPJ, endereço etc.). |
Local e data | Indica onde e quando o documento foi emitido. |
Assinaturas | Deve ser assinada pelas partes (em papel ou por certificação digital, no caso de CCB eletrônica). |
Registro | Pode ser registrada em cartório ou entidades autorizadas pelo Banco Central, como a B3, o que facilita a cobrança e a negociação futura do título. |

CCB é segura? Tem garantia?
A Cédula de Crédito Bancário é um instrumento com validade jurídica garantida pela Lei nº 10.931/2004. Ou seja, juridicamente, ela tem força de título executivo extrajudicial — o que significa que o banco pode iniciar uma execução judicial direta, com rito mais simplificado.
Quanto à segurança, a CCB pode ou não ter garantias adicionais. Em muitos casos, o banco exige alguma forma de proteção contra inadimplência. As garantias mais comuns são:
- alienação fiduciária: quando um bem, como um imóvel ou veículo, é oferecido como garantia e pode ser retomado pela instituição financeira em caso de inadimplência;
- aval: semelhante à fiança, mas com algumas diferenças legais no compromisso assumido pelo avalista.
Mesmo com garantias, o risco de crédito existe. A CCB não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que, em caso de inadimplência e dificuldade de execução da garantia, o investidor pode ter prejuízo.
Quem pode emitir e receber uma CCB?
A Cédula de Crédito Bancário pode ser emitida por qualquer pessoa física maior de idade ou empresa legalmente registrada no Brasil, desde que o crédito seja contratado junto a uma instituição financeira autorizada a operar pelo Banco Central.
Antes de aprovar a emissão da CCB, a instituição financeira realiza, então, a análise de crédito detalhada, que considera o histórico de pagamentos do tomador, sua renda ou faturamento, capacidade de pagamento e, quando for o caso, as garantias oferecidas. Com base nesses dados, o banco define os juros, o prazo, as condições da operação e se exigirá ou não a garantia adicional.
A partir do momento em que a CCB é assinada, o emissor passa a ter responsabilidade legal sobre o pagamento da dívida. Em caso de inadimplência, o banco pode iniciar uma execução judicial direta, com rito mais simplificado.
Do lado de quem recebe a CCB, estão as instituições financeiras autorizadas, como bancos comerciais, bancos múltiplos, cooperativas de crédito, financeiras e até securitizadoras ou fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), que compram esses títulos no mercado secundário. Com isso, a CCB também se torna um ativo negociável, que pode fazer parte da carteira de investidores profissionais em busca de alternativas na renda fixa.
Ou seja, a CCB não é exclusiva dos grandes bancos: ela circula por diferentes agentes do sistema financeiro nacional, servindo tanto como ferramenta de crédito para quem precisa de capital quanto como oportunidade de investimento para quem busca retorno superior com uma estrutura contratual sólida e reconhecida pela legislação.
Qual a diferença entre CCB e outros instrumentos de crédito?
A Cédula de Crédito Bancário (CCB) é diferente de outros produtos de renda fixa, como CDB, LCI e LCA.
Enquanto produtos tradicionais de renda fixa são investimentos oferecidos pelos bancos ao público em geral, a CCB nasce a partir de uma operação de crédito específica, firmada entre uma instituição financeira e o tomador.
Item | CCB | CDB | LCI/LCA |
Rentabilidade | Alta, pois envolve maior risco e não possui garantia do FGC | Moderada, costuma acompanhar o CDI | Moderada, com isenção de IR |
Liquidez | Baixa, geralmente não permite resgate antecipado | Pode ter liquidez diária ou até o vencimento | Pode ter liquidez a partir de 180 dias. |
Garantia | Pode ter garantias como aval ou alienação, sem FGC | Conta com garantia do FGC até R$250 mil | Também conta com garantia do FGC até R$250 mil |
Risco | Mais elevado, depende do tomador | Baixo a moderado, atrelado à solidez do banco emissor | Baixo a moderado, atrelado à solidez do banco emissor |
Indicação | Perfil arrojado e investidores profissionais | Conservador a moderado | Conservador a moderado |
A CCB como instrumento de investimento
A Cédula de Crédito Bancário (CCB) não é apenas um título usado para formalizar empréstimos. Ela também pode se tornar uma opção de investimento quando ocorre a cessão do título — ou seja, quando o direito de receber os pagamentos da CCB é transferido a um terceiro, como um fundo ou investidor.
Na prática, isso acontece quando o banco ou instituição financeira que concedeu o crédito decide vender esse título no chamado mercado secundário. Assim, investidores interessados podem adquirir a CCB com o objetivo de receber os rendimentos acordados — juros e, eventualmente, amortizações.
Esse processo costuma ocorrer por meio de plataformas especializadas, fundos estruturados ou assessoria de investimentos. Ao comprar uma CCB no mercado secundário, o investidor passa a receber os pagamentos futuros previstos no título, assumindo também os riscos relacionados.
Em comparação com outros investimentos de renda fixa, como CDBs ou LCIs, a CCB costuma oferecer rentabilidade mais elevada, justamente por envolver um risco maior. Afinal, diferentemente desses produtos, a CCB não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e depende da capacidade de pagamento do tomador original.
Por isso, a CCB é mais indicada para investidores profissionais ou com perfil mais arrojado. Vale lembrar que a escolha do título deve ser baseada em uma análise cuidadosa da empresa emissora e das garantias envolvidas.
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Rentabilidade e riscos do investimento em CCB
A rentabilidade de uma CCB como investimento está ligada a vários fatores: taxa de juros definida no contrato, prazo do título, tipo de garantia envolvida e grau de risco do tomador. Quanto maior o risco percebido, maior tende a ser a taxa de retorno oferecida ao investidor.
No entanto, o investimento em CCBs envolve riscos importantes. O principal deles é o risco de crédito, ou seja, a possibilidade de o devedor não cumprir com os pagamentos. Além disso, a baixa liquidez deve ser considerada — geralmente, quem compra uma CCB precisa manter o título até o vencimento, pois revender pode ser difícil.
Outro ponto relevante é a ausência de cobertura do FGC, o que significa que, em caso de calote, não há uma proteção automática ao investidor. Isso torna a análise de crédito do emissor uma etapa essencial antes de qualquer decisão.
Garantias e segurança na CCB
As CCBs podem contar com diferentes tipos de garantias, que influenciam diretamente na segurança do investimento. As garantias reais, como imóveis ou veículos, oferecem um respaldo concreto caso haja inadimplência. Já as garantias fidejussórias, como aval, envolvem a responsabilidade de terceiros.
Outro aspecto que contribui para a agilidade na resolução de inadimplência é o fato de a CCB permitir a execução extrajudicial da garantia. Ou seja, o credor pode tomar medidas para recuperar o valor com um ritmo mais simplificado.
A segurança da CCB também evoluiu com o tempo. A CCB digital, cada vez mais comum, é emitida e assinada eletronicamente por meio de plataformas seguras, com certificação digital, o que reduz o risco de fraudes e aumenta a confiabilidade das operações.
Como a CCB aparece para o investidor?
Investidores podem ter exposição à CCB de maneira indireta, especialmente por meio de veículos como fundos de crédito privado, FIDCs e plataformas de empréstimo P2P. Nesses casos, a Cédula de Crédito Bancário é utilizada como instrumento jurídico que formaliza o empréstimo, oferecendo rentabilidade atrelada ao risco de crédito do tomador.
Na prática, isso significa que a CCB pode integrar uma carteira de investimentos recomendada como uma alternativa de renda fixa com maior potencial de retorno, especialmente quando combinada a uma estratégia que considera o perfil do investidor, seus objetivos e sua tolerância ao risco.
Além disso, para quem busca um nível maior de personalização, é possível acessar CCBs por meio de fundos exclusivos ou carteiras administradas. Nesse modelo, a exposição ao crédito privado, como as CCBs, pode ser feita de forma criteriosa, levando em conta aspectos como planejamento tributário, sucessório e a melhor relação risco-retorno líquido de impostos.
Esse tipo de abordagem permite que investidores qualificados contem com uma estratégia robusta, alinhada com seus objetivos de longo prazo, ao mesmo tempo em que acessam oportunidades que não estão disponíveis em aplicações mais tradicionais.
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CCB digital: inovação no mercado financeiro
A versão digital da Cédula de Crédito Bancário traz agilidade e segurança para o mercado de crédito privado. Emitida, assinada e registrada eletronicamente por meio de plataformas autorizadas, a CCB digital mantém a validade jurídica do título tradicional, mas com processos menos burocráticos e custos operacionais reduzidos.
Sua estrutura conta com criptografia, certificação digital padrão ICP-Brasil e autenticação em múltiplos fatores, o que assegura a integridade do documento e reduz o risco de fraudes. Esses avanços tornam o processo mais confiável tanto para credores quanto para tomadores.
Outro passo importante nessa evolução é a tokenização das CCBs — títulos convertidos em ativos digitais registrados em blockchain. Isso permite maior rastreabilidade, fracionamento e potencial de liquidez em mercados secundários, facilitando o acesso a esse tipo de investimento.
Com o uso crescente de inteligência artificial, open finance e plataformas descentralizadas, a CCB digital se consolida como parte de um sistema financeiro mais moderno, eficiente e acessível.
Quais são as vantagens de investir em CCB?
Confira a seguir os principais pontos positivos dessa modalidade de investimento:
- rentabilidade atrativa: por envolver mais risco, a CCB tende a oferecer retornos maiores do que CDBs tradicionais, com taxas que podem superar 120% do CDI;
- garantias específicas: muitas operações contam com bens como imóveis ou veículos atrelados à dívida, o que aumenta a segurança;
- ganho de escala: a digitalização permite que CCBs sejam acessadas por mais investidores, inclusive com aportes menores, via plataformas on-line.
Nord Wealth: gestão estratégica para quem busca investir com segurança e eficiência
Investir em crédito privado, como a CCB, exige análise criteriosa de risco, entendimento do cenário macroeconômico e acesso a oportunidades selecionadas. A Nord Wealth oferece uma solução completa para quem deseja investir com inteligência, segurança e foco em resultados consistentes.
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