Prejuízo das Casas Bahia (BHIA3) cresce 56,3% no 1º trimestre

A empresa reportou prejuízo líquido de R$ 408 milhões, ante prejuízo R$ 261 milhões no 1T24

Rafael Ragazi 16/05/2025 17:03 2 min
Prejuízo das Casas Bahia (BHIA3) cresce 56,3% no 1º trimestre

O Grupo Casas Bahia (BHIA3) apresentou resultados mistos no primeiro trimestre de 2025 (1T25), com crescimento de +10% na receita líquida, totalizando R$ 7 bilhões. O Ebitda ajustado alcançou R$ 570 milhões, com alta de 47% em relação ao 1T24. No entanto, a empresa reportou prejuízo líquido de R$ -408 milhões, 56,3% maior frente ao prejuízo de R$ 261 milhões do 1T24.

Resultado do 1T25. Fonte: Casas Bahia RI

Aumento de receita e margens

O GMV total cresceu +10%, alcançando R$ 10,7 bilhões, com destaque para o canal físico, no qual as vendas cresceram +16%. O desempenho nas vendas em mesmas lojas (SSS) foi de +18%, sinalizando aceleração. O canal on-line apresentou resultados mistos: o GMV 1P caiu -5%, enquanto o GMV 3P subiu +15%.

A retração do 1P reflete menor investimento em B2B e prioridade dada à rentabilidade. A penetração de serviços e soluções financeiras aumentou para 16% da receita líquida, frente a 15% no mesmo período do ano anterior, e a carteira de crediário atingiu R$ 6,1 bilhões, alta de 14,5% na base anual.

Resultado financeiro continua pesando 

A margem Ebitda cresceu +2,1 p.p., refletindo a mudança de mix, a alavancagem operacional e menores gastos com a reestruturação. Contudo, o resultado financeiro seguiu pressionando e o prejuízo da companhia cresceu.

Do ponto de vista da estrutura de capital, a companhia encerrou o trimestre com R$ 1,2 bilhão em caixa e uma dívida de R$ 5,8 bilhões, o que representa uma alavancagem de 2x Ebitda.

Resultados do 1T25 não aliviam as preocupações

A companhia espera uma evolução gradual da margem Ebitda ao longo do ano, mas, apesar da empresa mostrar evolução operacional consistente — com margens em recuperação e crescimento em canais estratégicos —, o prejuízo líquido crescente, a pressão do custo da dívida e o consumo de caixa exigem cautela. 

A continuidade dessa recuperação dependerá da manutenção da disciplina operacional e da redução gradual da exposição financeira. 

Vale ressaltar que o cenário de juros em alta não favorece a companhia. Portanto, não temos recomendação de compra para BHIA3 no momento.

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