Casas Bahia (BHIA3) tem prejuízo 47% maior no 3T25, para R$ R$ 533 milhões
Despesas financeiras superam R$ 1 bilhão no 3T25 e prejuízo avança para R$ R$ 533 milhões; veja noassa análise
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) apresentou resultados mistos no 3T25, com receita de R$ 6,9 bilhões, alta de +7% na comparação anual. O Ebitda foi de R$ 587 milhões, crescimento de +20%. Ainda assim, o prejuízo ajustado aumentou +47%, para R$ 533 milhões no trimestre.

Destaques do Grupo Casas Bahia (BHIA3) no 3T25

As vendas totais cresceram +8,5%, com as vendas próprias (1P) crescendo +6% nas lojas físicas e +9% no digital. Contudo, as receitas da empresa cresceram em ritmo menor por conta do aumento de +18% nas vendas do marketplace (3P).
A margem bruta foi -1,6 p.p menor, refletindo o maior crescimento do on-line e a contínua maior participação de celulares no mix de produtos vendidos. Entretanto, a margem Ebitda cresceu +0,8 p.p., com a companhia conseguindo entregar mais alavancagem operacional pelo oitavo trimestre seguido.
Ainda assim, com as despesas financeiras ultrapassando R$ 1 bilhão no trimestre, a companhia segue entregando um prejuízo cada vez maior. O endividamento total da Casas Bahia é de R$ 7,5 bilhões e a alavancagem de 1,9x Ebitda no 3T25.
Quais as perspectivas para Grupo Casas Bahia (BHIA3) em 2025?
Para 2025, o mercado projeta um crescimento de +6% na receita, +13% no Ebitda e uma queda de -39% no lucro. Os números continuaram sendo revisados para baixo pelo mercado nos últimos meses.
Vale a pena investir no Grupo Casas Bahia (BHIA3)?
A companhia espera continuar entregando uma evolução gradual em sua margem Ebitda. No entanto, o cenário de competição intensa aliada a juros elevados (15% a.a) pressionando suas vendas e resultados financeiros (mesmo com o alívio da conversão de R$ 1,6 bilhão na dívida começando a ajudar nos próximos trimestres), nos leva a uma recomendação de evitar o papel.

