Lucro do Carrefour Brasil (CAFR31) cresce 20% no 2º trimestre de 2025
Carrefour Brasil alcança crescimento de 20% no lucro no 2º trimestre de 2025, impulsionado por vendas no atacarejo e ganhos operacionais

No segundo trimestre de 2025, o Grupo Carrefour Brasil (CAFR31) reportou uma receita líquida da varejista de R$ 28 bilhões, alta anual de 6,2%, ganho de +3,7% no Ebitda ajustado e um lucro líquido de R$ 286 milhões, crescimento de 208%. O resultado foi impulsionado pela expansão das vendas no atacarejo, principalmente do Atacadão.

Atacadão impulsiona resultados no 2T25
O Atacadão, que representa 72% das vendas do grupo, teve aumento de 12,7% no Ebitda e expansão de margem (de 6,6% para 6,8%).

O resultado expressivo no lucro líquido foi uma combinação de crescimento dos resultados da companhia, ainda que mais tímidos, com contribuições do crescimento das lojas Atacadão e vendas mesmas lojas do grupo BIG (+15%).
Além disso, o resultado financeiro apresentou uma queda de -15% diante da redução dos custos com dívidas bancárias.
Dentro de todos os fatores, destacamos os créditos tributários e depósitos judiciais da companhia, que contribuíram com cerca de 25% da melhora do lucro antes dos impostos.
No 2T25, a alavancagem da companhia ficou em 2,4x dívida líquida/Ebitda.
Apesar do avanço, as margens ainda são extremamente baixas. A margem Ebitda do Atacadão ficou em 6,8% ante 6,6% no 1T24, com a margem consolidada do grupo em 5,6%.
Carrefour fecha capital no Brasil
Em abril deste ano, os acionistas do Carrefour Brasil aprovaram a deslistagem da companhia com 59% dos votos favoráveis. Com isso, os papéis CRFB3 deixaram de ser negociados na bolsa brasileira ao final de maio.
Em contrapartida, a partir dos primeiros dias de junho, investidores passaram a ter acesso a BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da Carrefour S.A., permitindo exposição indireta ao grupo internacional por meio de certificados negociados em reais na própria B3.
O Carrefour passou a ser negociado na B3 sob o código “CAFR31“.
Vale a pena investir nos BDRs do Carrefour na B3?
Com um crescimento ainda em ritmo lento, margens baixas e fechamento de lojas para redução de custos, entendemos que a tese de Carrefour não possui upside relevante para investimentos. Portanto, mantemos nossa recomendação de não comprar os BDRs da companhia.