Bradespar (BRAP4) tem lucro de R$ 450 milhões no 2T25, queda de 16%

Bradespar (BRAP4) registra lucro de R$ 450 mi no 2T25, recuo de 16%. Veja análise, riscos, dividendos e perspectivas para 2025

Victor Bueno 13/08/2025 09:11 3 min
Bradespar (BRAP4) tem lucro de R$ 450 milhões no 2T25, queda de 16%

A Bradespar (BRAP4) reportou uma receita operacional de R$ 435 milhões no 2T25, queda de -17%, e um lucro líquido de R$ 450 milhões, baixa de -16%. Todos os resultados foram comparados com o mesmo período em relação ao ano anterior.

Destaques financeiros do 2T25. Fonte: Bradespar RI

Por ser uma holding, a Bradespar tem sua receita operacional originada do resultado de equivalência patrimonial de outras empresas, que nesse caso, é somente a Vale (VALE3) – ou seja, seus números variam de acordo com os resultados que a mineradora registra. 

No trimestre, a Vale registrou números fracos, em função, principalmente, de um cenário desfavorável de preço para o minério de ferro e um dólar mais baixo em relação ao 2T24. Assim, a receita operacional da holding totalizou R$ 434 milhões, baixa de -17%.

Apesar das despesas de pessoal terem crescido +78%, a alta de +53% do resultado financeiro (positivo) contribuiu para que o lucro líquido da Bradespar atingisse R$ 450 milhões no 2T25 (acima da receita), o que representa uma queda menor, de -16%.

Quais as perspectivas para a Bradespar (BRAP4) em 2025?

O desempenho da Bradespar depende completamente dos resultados da Vale. No entanto, por ser uma holding, possui um desconto em relação à mineradora, tendo em vista os riscos operacionais internos, os riscos das suas empresas investidas (somente os da Vale, nesse caso), além da possibilidade de não distribuir integralmente os dividendos recebidos. 

Além disso, existe outro risco específico relevante. A empresa enfrenta uma disputa bilionária na justiça, sendo ré em um processo de litígio movido pela Litel, que chegou a investir nas ações da Vale junto à Bradespar até 2018. 

Segundo a Litel, a holding teria violado cláusulas contratuais em um desinvestimento das ações da mineradora. A Litel pede uma indenização de R$ 1,4 bilhão, podendo chegar a R$ 3 bi após correções, o que geraria um impacto de quase R$ 8 por ação da Bradespar.

Com isso, no presente, seus múltiplos acabam se tornando mais atrativos, assim como seu dividend yield (dividendos por ação/preço da ação). Atualmente, por conta do desconto, o rendimento de seus proventos se encontra em cerca de 12,8% (vs. 8,4% da Vale).

Atualmente, seu desconto (valor de mercado da Bradespar em relação à sua participação na Vale) ainda se encontra em mais de 30% (acima de outras holdings x investidas na B3).

Todavia, esse número foi sendo elevado ao longo dos últimos anos, tendo em vista, principalmente, os maiores riscos com o avanço do processo com a Litel (entre outros).

Assim, neste momento, preferimos assumir apenas os riscos da Vale, que, ainda assim, é segue sendo uma ótima oportunidade a cerca de 7x lucros e com um bom dividend yield, de 8%. Recomendamos a compra somente de VALE3 na carteira Nord Dividendos.

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