Como usar o benchmark para investir melhor?

Descubra como os benchmarks impulsionam estratégias de investimento, alinhando objetivos financeiros e analisando o desempenho de ativos e fundos.

Nord Research 05/04/2024 12:43 8 min
Como usar o benchmark para investir melhor?

Os benchmarks funcionam como guias estratégicos para aprimorar sua carteira de investimentos, procurando alinhamento com os objetivos financeiros dos investidores.

Para começar a investir, é imprescindível considerar alguns fatores. Além de avaliar seu perfil como investidor e metas financeiras, é importante examinar o desempenho dos ativos, aplicações ou fundos de investimento. Uma maneira eficaz de realizar essa análise é por meio da utilização de um benchmark ou índice de referência.

Em resumo, o benchmark é uma estratégia muito usada no mercado financeiro, sendo essencial na tomada de decisões por parte do investidor. Isso acontece porque ter um índice como padrão auxilia na avaliação tanto dos ativos disponíveis no mercado quanto do portfólio de investimentos.

Neste artigo, falaremos mais sobre esse assunto, mostrando como você pode empregar esse indicador tanto na renda fixa quanto na variável. Para saber mais, continue a leitura!

Sumário

O que é benchmark nos investimentos?

O benchmark é um indicador utilizado como referência para a análise de desempenho de um determinado ativo, aplicação ou fundo de investimento.

Com ele é possível fazer uma avaliação sobre a rentabilidade de uma aplicação a partir da definição de um indicador, como a taxa básica de juros (Selic), por exemplo.

É importante destacar que o benchmark considera diversos fatores, como:

  • perfil do investidor;
  • desempenho de ativos parecidos;
  • nível de risco;
  • tipo de investimento;
  • entre outros.

Principais índices de referência benchmark

Os índices de referência desempenham um papel fundamental no mundo dos investimentos. Créditos: rawpixel.com - Freepik

Selic

Na economia brasileira, a Selic é a taxa básica de juros, estabelecida pelo Banco Central. Os investidores a utilizam como um benchmark para comparar o retorno de investimentos de renda fixa, sendo um indicador importante para o mercado financeiro e para a economia como um todo.

Quando o Copom aumenta a taxa Selic é com o intuito de manter a inflação mais controlada. Em contrapartida, quanto há uma redução, significa que o objetivo é estimular o crescimento econômico.

CDI (Certificado de Depósito Interbancário)

O CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário e é um título emitido por instituições financeiras e utilizado como referência para as taxas de juros no mercado interbancário. Ele é frequentemente utilizado como um indicador para investimentos de renda fixa.

Muitos fundos de investimento têm como objetivo superar o rendimento do CDI. Dessa forma, esse indicador é uma medida importante no mercado financeiro brasileiro, já que mostra o nível de rentabilidade dos investimentos.

Ibovespa

Ibovespa é o principal índice da Bolsa de Valores brasileira. Ele representa a performance das ações das empresas mais negociadas. Sua composição é revisada periodicamente, sendo que a ponderação de cada ação é determinada pelo seu valor de mercado.

Esse índice é utilizado por muitos analistas, gestores e investidores que desejam acompanhar o desempenho geral do mercado de ações brasileiro. Isso ocorre porque ele consegue refletir a variação dos preços das ações em diferentes setores.

Dessa forma, é possível ter uma visão mais ampla do mercado financeiro brasileiro, utilizando o Ibovespa como referência na tomada de decisões de investimentos.

IBrX (Índice Brasil)

Já o IBrX é um índice mais abrangente que o Ibovespa, incluindo um número maior de ações. Ele oferece uma visão maior do desempenho do mercado de ações brasileiro.

Assim como outros índices, o IBrX é um benchmark muito importante para investidores, gestores de fundos e analistas de mercado, proporcionando uma visão mais ampla e diversificada do mercado de ações brasileiro. Além disso, ele serve como uma referência útil para avaliar o desempenho de diferentes segmentos da economia brasileira.

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)

Outro benchmark importante é o IPCA, que é o indicador oficial de inflação no Brasil. Ele é utilizado para medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços, sendo fundamental para ajustes em investimentos e planejamento financeiro.

É importante destacar que a cesta de itens considerada no cálculo do IPCA abrange despesas com alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde, educação, entre outros. Esse índice é divulgado mês a mês e reflete as variações dos preços ao longo do tempo.

IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários)

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários, conhecido pela sigla IFIX, é um indicador que mostra o desempenho dos fundos imobiliários listados na bolsa de valores. Seu objetivo é acompanhar a evolução do mercado de imóveis para aqueles que têm interesse nesse setor.

Em suma, esse índice reflete, portanto, a variação do valor de uma carteira teórica composta pelos fundos imobiliários mais representativos e negociados na B3.

SMLL (Small Cap)

Já o SMLL representa o desempenho das ações de empresas de menor capitalização na Bolsa. Dessa forma, ele é utilizado como referência para investidores e gestores de carteiras que têm interesse em empresas de menor porte, permitindo uma análise mais direcionada desse segmento do mercado de ações brasileiro.

PTAX

A PTAX é a taxa média ponderada do dólar norte-americano em relação ao real brasileiro. Vale ressaltar que o termo "PTAX" vem de "Ptax de Venda", e é utilizado no contexto cambial brasileiro. Essa taxa é calculada pelo Banco Central do Brasil e serve como referência para diversas transações envolvendo moedas estrangeiras.

Além disso, ela é frequentemente utilizada como base para a conversão de valores em moeda estrangeira em transações comerciais e financeiras, bem como para a valoração de ativos e passivos em empresas que têm exposição cambial.

IDA (Índice de Debêntures)

O Índice de Debêntures ANBIMA, conhecido como IDA, mostra o desempenho dos títulos relacionados às dívidas privadas. Sendo assim, esse indicador permite aos investidores analisarem a posição das companhias em relação aos seus empréstimos e financiamentos.

S&P 500

Esse é um dos índices de mercado mais conhecidos, sendo amplamente utilizado nos Estados Unidos. Um ponto importante é que ele é produzido pela empresa de análise financeira Standard & Poor's (S&P) e representa o desempenho de 500 grandes empresas de capital aberto listadas nas bolsas de valores americanas.

Muitos investidores usam o S&P 500 como referência para comparar o retorno de investimentos, analisar tendências de mercado e tomar decisões a respeito de seus ativos.

Portanto, os índices de referência desempenham um papel fundamental no mundo dos investimentos, proporcionando um padrão pelo qual se pode avaliar o desempenho de ativos, carteiras e mercados financeiros. Eles são cruciais para investidores e gestores de portfólio, fornecendo parâmetros objetivos para análise e tomada de decisão.

Quais benchmarks são usados na renda fixa e variável?

  A avaliação com a utilização de benchmarks envolve índices com características semelhantes.  Créditos: rawpixel.com - Freepik

Cada indicador é criado com base nos riscos associados a cada uma das aplicações e seu retorno. A avaliação com a utilização de benchmarks envolve índices que sejam baseados em ativos com características semelhantes.

Dessa forma, não tem sentido comparar um investimento de baixo risco com o índice Ibovespa, por exemplo. O mesmo acontece de maneira contrária, pois de nada adianta comparar ações com um índice de CDI.

Os investimentos de renda fixa utilizam indicadores como o IPCA, Selic e CDI. Em contrapartida, os de renda variável devem ser comparados com o Ibovespa, PTAX, IFIX, IBrX50, entre outros.

Como usar o benchmark para investir melhor?

Defina seus objetivos

Antes de selecionar seu benchmark, defina quais são seus objetivos de investimentos. Caso você esteja procurando um ativo de renda fixa, procure por um índice como o CDI, por exemplo. Já para as ações, o mais apropriado é apostar no Ibovespa ou o S&P 500.

Monitore o desempenho

Acompanhe de maneira regular o desempenho do seu portfólio em comparação com o benchmark escolhido. Isso ajudará a identificar pontos fortes e fracos em sua estratégia.

Avalie sua consistência

Analise se a sua carteira supera ou fica distante do indicador ao longo do tempo. Afinal, isso pode indicar a eficácia da sua estratégia e a capacidade de gerar retornos consistentes.

Rebalanceamento

Caso seu portfólio esteja muito desalinhado com o benchmark, pode ser necessário fazer ajustes. Assim, o rebalanceamento regular ajuda a manter a conformidade com os seus objetivos.

Conheça as limitações

Lembre-se de que benchmarks têm limitações e podem não representar perfeitamente o seu perfil de investimento. Por isso, é importante compreender as diferenças e ajustar sua estratégia conforme necessário.

Considere o longo prazo

Evite tomar decisões de investimento baseadas em variações de curto prazo. O desempenho de curto prazo pode ser volátil, mas o foco no longo prazo é fundamental.

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Resumindo

Qual benchmark devo usar?

Isso vai depender do tipo de ativo a ser analisado, por exemplo: para as ações, uma boa escolha seria utilizar o Ibovespa. Já para ativos de renda fixa, o CDI é uma boa opção.

O que é benchmark no investimento?

Trata-se de uma ferramenta utilizada como referência no mercado. Seu intuito é fazer uma avaliação do desempenho de uma aplicação.

Qual o benchmark do CDB?

O benchmark mais indicado para ativos de renda fixa é o CDI, também conhecido como certificado de depósito interbancário. Mas existem outras opções, como a Taxa Selic e o IPCA.

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