Banco Central Europeu corta os juros em 0,25 ponto após inflação cair abaixo da meta

Em meio a sinais ainda tênues de recuperação e diante de uma inflação que começa a ceder, o Banco Central Europeu (BCE) iniciou um novo capítulo em sua política monetária

Nord Research 05/06/2025 12:46 2 min
Banco Central Europeu corta os juros em 0,25 ponto após inflação cair abaixo da meta

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu pela redução da taxa de juros em 0,25 ponto percentual, conforme esperado pelo mercado. Com a nova redução, a taxa de depósitos recuou para 2%, acompanhada por cortes de mesma magnitude nas taxas de financiamento e empréstimo.

 Trajetória da taxa de juros na zona do euro. Fonte: Trading Economics

A decisão vem após a leitura preliminar da inflação de maio, que voltou a posicionar os preços abaixo da meta de 2%, reforçando a percepção de arrefecimento das pressões inflacionárias. Ao mesmo tempo, a economia da zona do euro segue exibindo apenas sinais incipientes de retomada — o PIB cresceu modestos 0,3% no primeiro trimestre de 2025 — o que motivou o BCE a manter uma postura expansionista, buscando dar suporte a uma economia que já enfrentava dificuldades antes mesmo das tarifas americanas.

No comunicado, o BCE revisou para baixo sua projeção de inflação geral para 2025, mas elevou a estimativa do núcleo da inflação, o que indica que parte da rigidez nos preços ainda persiste. A projeção de crescimento do PIB, por sua vez, foi mantida.

Diante desse quadro, a autoridade monetária deixou a trajetória dos juros em aberta, afirmando que — em razão das condições de incerteza — as decisões serão fundamentadas na análise das expectativas de inflação, considerando os dados econômicos e financeiros disponíveis, o comportamento da inflação subjacente e a intensidade com que a política monetária está sendo transmitida à economia.

Com isso, o mercado começa a precificar uma pausa no ciclo de cortes nas próximas reuniões, diante da elevada incerteza do cenário europeu. Ainda que a inflação possa seguir em queda no curto prazo, fatores como o aumento dos gastos públicos e o recrudescimento de barreiras comerciais podem reacender pressões inflacionárias adiante.

Mesmo assim, não está descartada a possibilidade de um novo corte até o fim de 2025 — restam quatro reuniões no calendário, e ao menos mais uma redução ainda é esperada.

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