Banco Central rejeita fusão entre BRB e Banco Master

Mesmo com aval do Cade, o BC vetou a fusão entre BRB e Banco Master. Entenda os motivos e possíveis desdobramentos

Nord Research 04/09/2025 10:30 2 min
Banco Central rejeita fusão entre BRB e Banco Master

O BRB, banco estatal do Distrito Federal, informou que o Banco Central (BC) rejeitou oficialmente a proposta de aquisição do Banco Master. O anúncio foi divulgado em fato relevante ao mercado na noite de quarta-feira, 3.

O processo, iniciado em março deste ano, era visto com ressalvas pelo BC e pelo mercado em razão da fragilidade financeira do Banco Master. A operação, que previa a aquisição de 58,04% do capital social total da instituição, precisou sofrer alterações severas solicitadas pelo BC. 

Na versão final, o acordo foi reduzido à metade do planejado, somando R$ 24 bilhões em ativos, e já havia recebido aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em junho, sem restrições.

Segundo a análise do órgão regulador, a fusão não traria prejuízos à concorrência, já que a participação conjunta dos bancos permaneceria abaixo de 20% do mercado.

No entanto, mesmo com aval do Cade, o BC vetou a fusão entre BRB e Banco Master, que já estava na etapa final. Entenda os possíveis motivos e possíveis desdobramentos.

BC rejeita fusão entre BRB e Banco Master

Apesar da sinalização positiva do Cade, o BC foi contrário à operação. A decisão já foi comunicada às partes envolvidas, e tanto o BRB quanto o Banco Master aguardam acesso ao documento completo com os fundamentos do órgão para avaliar se irão recorrer. 

O BRB afirmou manter a confiança nos pilares da proposta, enquanto o Banco Master declarou seguir firme em sua estratégia, apesar do revés.

Argumentos do BC e risco sistêmico

A operação vinha sendo alvo de críticas por possíveis vínculos políticos com lideranças do centrão, que pressionavam pela aprovação das negociações.

Também pesava contra o Banco Master a forte exposição a ativos considerados arriscados e ilíquidos, como precatórios, além da política de captação agressiva por meio de CDBs de alto rendimento — fatores que levantaram preocupações sobre a sustentabilidade da instituição e potenciais riscos sistêmicos. 

Próximos passos e possíveis recursos

O caso ainda pode ter desdobramentos caso os bancos decidam contestar a decisão ou apresentar nova proposta reformulada.

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