Lucro da B3 (B3SA3) sobe 4% no 2T25

A B3 apresentou um lucro de R$ 1,3 bi no 2T25 (+4% a/a). O resultado foi beneficiado por ganhos financeiros; veja análise

Rafael Ragazi 08/08/2025 19:26 2 min
Lucro da B3 (B3SA3) sobe 4% no 2T25

No 2T25, a B3 (B3SA3) apresentou uma receita líquida de R$ 2,5 bilhões, crescimento de +4% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda recorrente totalizou R$ 1,7 bilhão, retração de -3%. O lucro líquido atingiu R$ 1,3 bilhão, avanço de +4% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

Destaques financeiros do 2T25. Fonte: B3 RI

Receita impulsionada por segmentos específicos

No 2T25, a receita líquida da B3 foi impulsionada pelo reconhecimento de créditos tributários não recorrentes no montante de R$ 75 milhões (reduzindo a linha de deduções da receita) e pelo avanço dos segmentos de Renda Fixa e Crédito e em Tecnologia e Plataformas. Contudo, o resultado foi parcialmente limitado pela queda na receita de Derivativos. 

Lucro líquido beneficiado por ganhos financeiros

Já o lucro líquido foi beneficiado pelo resultado financeiro positivo de R$ 136 milhões e pelo benefício fiscal de R$ 41 milhões relacionado ao ágio das aquisições da Neoway e da Neurotech. Excluindo itens não recorrentes, o lucro recorrente cresceu +4%.

No trimestre encerrado em junho, a B3 possuía caixa e aplicações financeiras de R$ 18 bilhões, aumento de +12% em relação a dezembro de 2024, e endividamento bruto de R$ 14 bilhões, equivalente a 2,2x Ebitda recorrente dos últimos 12 meses. 

No trimestre, foram pagos R$ 378,5 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP).

Perspectivas para B3

A companhia segue investindo no lançamento de novos produtos, como futuros de Ethereum, Solana e ouro, e aposta na agenda regulatória da CVM para ampliar o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado de capitais. 

Apesar da resiliência no lucro líquido, o trimestre mostrou perda de eficiência operacional e pressão de custos, o que pode manter o risco de compressão de margens caso as despesas sigam em trajetória de alta. 

Os grandes riscos da companhia continuam sendo a dependência de um cenário mais favorável no mercado de capitais brasileiro e a constante ameaça de novos entrantes, que podem pressionar ainda mais suas margens.

Confira também nossa análise dos resultados da temporada de balanços do 2T25 e veja quais ações podem se beneficiar no curto prazo.

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