Aura Minerals (AURA33) tem lucro líquido de US$ 68,7 milhões no 3T25
Mineradora canadense entrega forte desempenho impulsionado por alta na produção e preços recordes do ouro
A Aura Minerals (AURA33) reportou resultados acima das nossas expectativas no terceiro trimestre de 2025 (3T25), com uma receita líquida de US$ 247,8 milhões, um crescimento de +58,7. O Ebitda ajustado foi de US$ 152 milhões, alta de +94,8%, enquanto o lucro líquido ajustado foi de US$ 68,7 milhões, aumento de +217%, com todos os resultados comparados ao mesmo período de 2024.
Aumento da produção e o preço do ouro nas máximas
No 3T25, a mineradora totalizou uma produção de 74,2 mil GEO (onças equivalentes de ouro), aumento de +9% na comparação com o 3T24.
O principal destaque do trimestre foi o início da produção comercial da mina de Borborema, que totalizou 10,2 mil onças no período. Por outro lado, os resultados da Minosa apresentaram queda de 13% na comparação anual, influenciados pelas intensas chuvas ocorridas no trimestre.
A mina de Aranzazu, por sua vez, registrou retração de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo, sobretudo, o aumento nos preços do ouro, o que impactou a conversão para GEO.
Com o crescimento de +9% da produção, a companhia entregou uma alta de +12% nas vendas, totalizando um volume vendido de 74,9 mil onças equivalentes de ouro no 3T25.
O preço médio realizado do ouro atingiu US$ 3.385/oz, alta de +35% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A combinação do aumento das vendas com os preços recordes do ouro, impulsionou a receita líquida, alcançando US$ 247,8 milhões (+58,7% a/a).
Disparada do lucro e queda da alavancagem
Do lado dos custos, o AISC (All in Sustaining Costs ou Custo de Produção) encerrou o trimestre em US$ 1.396/GEO, um aumento de +8% a/a, refletindo principalmente o aumento nas operações de Aranzazu e Minosa.
Com as despesas controladas, o Ebitda da Aura totalizou US$ 152 milhões (+94,6% a/a). A margem Ebitda encerrou o trimestre em 61%, expansão de +11 p.p. a/a.
O lucro líquido ajustado, que exclui os efeitos não caixa (operações de hedge e variação cambial, totalizou US$ 68,7 milhões, um aumento de +217% na comparação anual.
A Aura encerrou o 3T25 com uma dívida líquida de US$ 64 milhões (-77% a/a) e uma alavancagem (dívida líq./Ebitda) de 0,2x Ebitda (vs. 0,8x do 2T25). A forte redução do endividamento se deu, principalmente, pela captação de US$ 200 milhões do seu IPO na Nasdaq.
Por fim, a companhia reportou uma geração de caixa operacional de US$ 93 milhões (+17% a/a) e um fluxo de caixa livre de US$ 61 milhões no 3T25.
Em linha com o guidance
Após um desempenho excepcional nos últimos trimestres, a Aura mantém uma perspectiva sólida para resultados futuros.
O guidance de 2025 projeta um intervalo para produção entre 266 e 300 mil GEO, um incremento de +6% considerando o ponto médio do guidance. Com a produção acumulada até aqui, a companhia já alcançou cerca de 70% do ponto médio do guidance para a produção.
Quanto aos custos, projeta-se um aumento em relação ao valor reportado em 2024, em decorrência dos maiores custos associados ao início da produção na mina de Borborema.
Diante dos resultados entregues, sua visibilidade de crescimento e fatores macros, as ações da Aura acumulam mais de +270% de alta em 2025.
Negociando a 15x lucros e 7x Ebitda, recomendamos compra para AURA33 na carteira Nord Deep Value.
Aura Minerals anuncia dividendos de US$ 0,13/BDR
Além dos resultados do 3T25, a Aura anunciou a aprovação do pagamento de dividendo no valor de US$ 0,48 por ação ordinária (aproximadamente US$ 40 milhões no total).
O dividendo será pago em dólares americanos no dia 21 de novembro de 2025 aos acionistas com posição no encerramento do pregão de 17 de novembro de 2025.
Aos detentores das BDRs (AURA33), receberão US$ 0,16 por cada BDR, já que 1 ação da Aura (AUGO) equivale a 3 BDRs.
Os detentores de BDRs devem receber o pagamento até 02 de dezembro de 2025. O valor será pago em reais, com base na taxa de câmbio de mercado, que será divulgada em um comunicado ao mercado antes da data de pagamento.
O dividend yield de Aura (AURA33) dos últimos 12 meses é de 4,6%.
Vale a pena investir na ação AURA33?
A Aura Minerals é uma mineradora de ouro e cobre canadense, com controladores e gestores brasileiros, com operações em três países: Honduras, Brasil e México.
A companhia está focada em mais do que dobrar a sua produção nos próximos anos.
A companhia mantém o foco em mais do que dobrar sua produção nos próximos anos. Em 2025, o principal marco foi o início da produção comercial da mina de Borborema. Para o ano, a projeção da mina é alcançar entre 33 mil e 40 mil onças, com expectativa de atingir a capacidade plena de 80 mil onças anuais em 2026.
Dada a perspectiva de aumento da produção e preço da commodity em patamares elevados, a AURA33 é uma das posições da carteira Nord Deep Value.
Para investir nas ações (BDR) da Aura é necessário ter uma conta em uma corretora de valores. A empresa é negociada na B3 sob o ticker AURA33.