Aura Minerals (AURA33) lucra US$ 36,8 mi e aprova dividendos de US$ 27 mi
O Ebitda ajustado alcançou R$ 106 milhões, registrando aumento de 89%. Veja detalhes do desempenho

A Aura Minerals (AURA33) reportou resultados acima das nossas expectativas, com uma receita líquida de US$ 190 milhões no 2T25, um crescimento de +41,7, um Ebitda ajustado de US$ 106 milhões, alta de +89,1% e um lucro líquido ajustado de US$ 36,8 milhões, aumento de +291%, com todos os resultados comparados ao mesmo período de 2024.
Produção e vendas estáveis e o preço do ouro nas máximas
No 2T25, a mineradora totalizou uma produção de 64 mil onças, mantendo o patamar produzido no 2T24. Em relação ao trimestre anterior (1T25), a produção apresentou um crescimento de +7%. Na comparação anual, observamos a redução da produção nas minas de Aranzazu e Minosa, em linha com a expectativa da companhia.
Do lado positivo, a mina de Almas segue entregando um bom desempenho operacional com crescimento na comparação anual, refletindo os ganhos de produtividade com o novo contratista que inicio o trabalho no 2T24.

Com a produção e vendas estáveis, a disparada do ouro impulsionou os resultados da Aura. O preço médio realizado do ouro atingindo US$ 3.185/oz, uma alta de +44% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Assim, a receita líquida alcançou US$ 190,4 milhões, crescimento de +41,7% versus o 2T24.

Lucro dispara e a alavancagem segue baixa
Do lado dos custos, o AISC (All in Sustaining Costs ou Custo de Produção) encerrou o trimestre em US$ 1.449/GEO, um aumento de +9% a/a, refletindo principalmente os maiores custos nas operações de Aranzazu e pelo início da produção da mina de Borborema.
Apesar do aumento de +24% das despesas, principalmente devido aos maiores desembolsos com novos projetos e a listagem nos EUA, o Ebitda da Aura totalizou US$ 106 milhões (+89% a/a). A margem Ebitda encerrou o trimestre em 56%, expansão de +14 p.p. a/a.
O lucro líquido ajustado da Aura, que exclui os efeitos não caixa com operações de hedge, totalizou US$ 36,8 milhões, um aumento de +291% na comparação anual.
Com uma estrutura de capital confortável, mesmo em um ciclo de expansão, a mineradora encerrou o 2T25 com uma alavancagem (dívida líq./Ebitda) de 0,8x, uma leve redução no indicador reportado no trimestre anterior.
Por fim, a Aura reportou uma geração de caixa operacional de US$ 60,4 milhões (+12,7% a/), reflexo da valorização dos metais.
O que esperar de Aura Minerals (AURA33) no 2º semestre de 2025?
Após um desempenho excepcional nos dois primeiros trimestres do ano, a Aura mantém uma perspectiva sólida para resultados futuros.
Para o segundo semestre, a expectativa é de aceleração do crescimento, com o início da produção comercial da mina de Borborema, atualmente em fase final do ramp-up.
O guidance de 2025 projeta um intervalo para produção entre 266 e 300 GEO, um incremento de +6% considerando o ponto médio do guidance.
Já para os custos, a projeção é de aumento versus o reportado em 2024 devido aos maiores custos com o início da produção da mina de Borborema.

Diante dos resultados entregues, sua visibilidade de crescimento e fatores macros, as ações da Aura acumulam mais de +200% de alta nos últimos 12 meses.
Negociando a 12x lucros e 4x Ebitda para o final de 2025, a Aura faz parte da carteira Nord Deep Value.
Aura Minerals anuncia dividendos de US$ 0,13/BDR
Além dos resultados do 2T25, a Aura anunciou a aprovação do pagamento de dividendo no valor de US$ 0,33 por ação ordinária (aproximadamente US$ 27 milhões no total).
O dividendo será pago em dólares americanos no dia 26 de agosto de 2025 aos acionistas registrados até o encerramento do pregão de 18 de agosto de 2025.
Aos detentores das BDRs (AURA33), receberão US$ 0,11 por cada BDR e devem receber o pagamento até 05 de setembro de 2025. O valor será pago em Reais, com base na taxa de câmbio de mercado, que será divulgada em um comunicado ao mercado antes da data de pagamento.
O dividend yield de Aura (AURA33) dos últimos 12 meses é de 5%.
Vale a pena investir na ação AURA33?
A Aura Minerals é uma mineradora de ouro e cobre canadense, com controladores e gestores brasileiros, com operações em três países: Honduras, Brasil e México.
A companhia mantém o foco em mais do que dobrar sua produção nos próximos anos. Em 2025, o principal marco será o início da produção comercial da mina de Borborema, previsto para o terceiro trimestre. Para o ano, a projeção é alcançar entre 33 mil e 40 mil onças, com expectativa de atingir a capacidade plena de 80 mil onças anuais em 2026.
A Aura ainda anunciou recentemente a aquisição de uma mineradora com capital aberto no Canadá, que possui um projeto de ouro relevante. Com isso, a Aura possui pelo menos mais dois projetos relevantes para manter o seu ritmo de expansão nos próximos anos.
Dada a perspectiva de aumento da produção e preço da commodity em patamares elevados, a AURA33 é uma das posições da carteira Nord Deep Value.
Para investir nas ações (BDR) da Aura é necessário ter uma conta em uma corretora de valores. A empresa é negociada na B3 sob o ticker AURA33.