Volume de serviços varia 0,3% em junho, acima do esperado
Os serviços seguem operando em nível elevado (18% acima do patamar pré-pandemia). Com o desempenho de junho, atingiram um novo pico na série histórica
O volume de serviços registrou leve crescimento de 0,3% em junho frente a maio, superando a expectativa do mercado, que apontava para estabilidade (0,0%). Assim como nos meses anteriores, o dado de maio foi revisado para cima, de 0,1% para 0,2%.
Na comparação com junho de 2024, o setor avançou 2,8%, marcando a 15ª taxa positiva consecutiva.
Os serviços seguem operando em nível elevado (18% acima do patamar pré-pandemia) e, com o desempenho de junho, atingiram um novo pico na série histórica.
O avanço no mês foi sustentado exclusivamente pelo grupo de transportes (+1,5%), impulsionado pelo aumento na receita das empresas de transporte rodoviário de cargas e pela alta nas passagens aéreas.
Os demais segmentos recuaram, com destaque para outros serviços (-1,3%) e serviços prestados às famílias (-1,4%), que acumula a terceira queda consecutiva e é um importante termômetro da demanda.
A média móvel trimestral dos serviços avançou 0,3% em relação ao trimestre anterior, com crescimento em três das cinco atividades: transportes (+0,7%), serviços profissionais e administrativos (+0,3%) e informação e comunicação (+0,2%).
Por outro lado, outros serviços e serviços às famílias recuaram 0,6% cada.
Um só grupo puxou o crescimento do mês
Apesar de vir acima do esperado, o crescimento de junho foi modesto e sustentado por um único grupo. Além disso, a terceira queda consecutiva nos serviços às famílias reforça sinais de moderação na atividade.
Contudo, o desempenho acumulado continua expressivo. Neste mês, o setor atingiu novo recorde, o que evidencia sua resiliência.
Vale lembrar que uma desaceleração mais intensa pode contribuir para o controle da inflação, ao passo que um arrefecimento gradual mantém os serviços no radar do Banco Central.