Inflação fora da meta e queda da Selic: o que esperar?
Entenda por que o mercado prevê queda da Selic mesmo com inflação acima da meta e o que isso revela sobre o Banco Central
Na véspera de mais uma reunião do Copom, o mercado discute um cenário aparentemente contraditório: o início de um ciclo de queda da taxa Selic mesmo com a inflação acima da meta. Confira uma análise detalhada sobre esse movimento e entenda como o comportamento do Banco Central pode influenciar os próximos passos da economia brasileira.
O que diz o relatório Focus sobre juros e inflação?
O relatório Focus prevê que a taxa Selic atinja 15% em 2025, com uma trajetória de queda até 10% em 2028. Paralelamente, estima uma inflação que segue acima da meta de 3%, chegando a 5,55% em 2025 e só convergindo parcialmente até 3,78% em 2028. Mesmo assim, a expectativa é de redução nos juros, o que levanta dúvidas sobre a coerência dessa política monetária.
Mercado aposta em queda da Selic mesmo com inflação alta
Há uma divergência entre as projeções do Focus e as taxas embutidas nos prefixados. O mercado parece ainda mais otimista, precificando uma queda já na próxima reunião do Copom, com a Selic podendo parar abaixo dos 15%. Além disso, esperam-se novas quedas nos juros até o fim de 2026, mesmo com a inflação implícita girando entre 5,5% e 6%.
Como o cenário internacional influencia a Selic?
A possível redução dos juros pelo Federal Reserve nos EUA ajuda a aliviar a pressão sobre a taxa de câmbio no Brasil. Isso abre espaço para o Banco Central brasileiro adotar uma postura mais “dove”, ou seja, mais flexível e voltada ao estímulo econômico. O real valorizado dá respaldo para essa política sem comprometer a estabilidade cambial.
O que isso significa para os investimentos?
Diante desse cenário, temos oportunidades em renda fixa com taxas historicamente altas, mas é necessário cautela com crédito privado. Há também algumas ações no mercado com bom potencial.
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