Inflação de 3% é possível no Brasil? A verdade que ninguém te conta
Entenda por que uma meta de inflação de 3% no Brasil é possível, os fatores históricos e os desafios fiscais envolvidos
A meta de inflação de 3% definida para o Brasil tem gerado intensos debates. Muitos se perguntam se é realista ou se deveria ser revista para valores mais altos.
Analisei o histórico econômico recente do país, as condições que permitiram uma inflação controlada no passado e o que seria necessário para atingir esse objetivo hoje. Continue para entender mais.
Por que a meta de inflação mudou para 3%?
Até 2018, a meta era de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. A mudança ocorreu após o Banco Central observar que a inflação estava consistentemente abaixo do patamar anterior, principalmente entre 2017 e 2020, período em que a média foi de 3,5%.
O papel da política fiscal e monetária nesse processo
A queda da inflação naquele período foi impulsionada por uma política monetária austera conduzida por Ilan Goldfajn, então presidente do Banco Central, e pela implementação do teto de gastos no governo Michel Temer. O equilíbrio fiscal foi fundamental para permitir juros mais baixos e inflação controlada.
Como a pandemia impactou a inflação e os gastos públicos
A partir de 2020, com a pandemia, o Brasil aumentou substancialmente os gastos públicos. Auxílios emergenciais se tornaram permanentes e o equilíbrio fiscal se perdeu. Mesmo com o teto de gastos ainda vigente, os déficits voltaram a crescer, pressionando a inflação e exigindo novos aumentos na taxa de juros.
Inflação de 3% é compatível com a realidade brasileira?
Sim, é possível atingir uma meta de 3%, como ocorreu entre 2017 e 2020. No entanto, isso depende de dois pilares: uma política fiscal responsável e um Banco Central comprometido com o controle da inflação. A redução sustentável da inflação não pode depender apenas dos juros; controlar os gastos públicos é fundamental.
O risco de revisar a meta para cima
Mudar a meta para cima ao não cumprir a atual pode minar a credibilidade do governo. O mercado reajusta suas expectativas para cima, elevando de fato a inflação futura. Isso obrigaria o país a manter juros elevados, o que prejudica o crescimento econômico e a confiança nos instrumentos de política econômica.
Conclusão: é possível ter inflação de 3% no Brasil?
Com responsabilidade fiscal, disciplina monetária e credibilidade institucional, a meta de inflação de 3% é totalmente viável e recomendada. Além de ajudar a manter os juros baixos, isso estimula o crescimento e a estabilidade econômica de longo prazo.
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