Por que o Copom decidiu manter a Selic em 15%?
Copom mantém Selic em 15% e sinaliza possível queda. Autoridade voltará a se reunir em 4 e 5 de novembro
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na quarta-feira 17, por unanimidade, manter a taxa Selic em 15%, conforme o esperado. A decisão reflete preocupações com a inflação e sinaliza um possível novo rumo da política monetária brasileira.
Brasil tem segundo maior juro real do mundo
Com a Selic em 15% ao ano, o Brasil continua a ter a segunda maior taxa real de juros no mundo, de acordo com um monitoramento das consultorias MoneYou. Os juros reais do país ficaram em 9,51%, desacelerando levemente em relação aos 9,76% calculados até julho. A primeira colocação do ranking continuou com a Turquia, que registrou uma taxa real de 12,34%.
Por que o Copom decidiu manter a Selic em 15%?
A manutenção da Selic demonstra o foco do Banco Central no controle da inflação, mesmo diante de uma atividade econômica com sinais moderados de desaceleração. O desemprego em baixa contribui para manter a pressão sobre os preços. O comunicado também alertou sobre a incerteza no cenário externo, como a recente decisão do Fomc de cortar os juros nos Estados Unidos.
Mudança no tom: corte de juros em 2026?
Embora a taxa tenha sido mantida, o Copom retirou a menção à possibilidade de alta dos juros. Esse ajuste de tom sugere que o próximo movimento pode ser de queda, com o mercado já antecipando cortes a partir do primeiro trimestre de 2026.
Quais os impactos da Selic em 15% para os investimentos?
A taxa Selic elevada mantém oportunidades atrativas em renda fixa, mas também abre espaço para valorização de ativos de risco. A expectativa de corte nos juros, aliada a múltiplos baixos e lucros crescentes das empresas, beneficia principalmente o mercado de ações.
Na renda fixa, títulos prefixados e papéis atrelados à inflação de longo prazo podem oferecer ganhos expressivos com a queda das taxas.
Estratégias com renda variável para diferentes perfis de investidor
- Perfil arrojado: pode aproveitar oportunidades na bolsa, antecipando a valorização futura.
- Perfil conservador: pode encontrar alternativas sólidas em fundos imobiliários e ações de dividendos.
- Importante: alinhar a estratégia com seus objetivos de vida e horizonte de investimento.