A Usiminas (USIM5) apresentou resultados sólidos no 2T25, com uma receita líquida de R$ 6,6 bilhões, representando um crescimento de +4% em relação ao mesmo período de 2024 e acima do consenso de mercado.

O Ebitda ajustado somou R$ 408 milhões, um avanço de +65% na comparação anual, mas ficou abaixo das expectativas do mercado. A margem Ebitda ficou em 6%, uma expansão de 2,3 p.p. em relação ao reportado no 2T24.

Já o lucro líquido foi maior que o esperado totalizando R$ 128 milhões, revertendo o prejuízo de R$ -100 milhões registrado no mesmo trimestre do ano passado.

Siderurgia avança com alta nas exportações

Como no primeiro trimestre (1T25), a unidade de siderurgia foi o destaque positivo no segundo trimestre (2T25), com uma receita líquida de R$ 5,8 bilhões (+2% a/a), refletindo principalmente o aumento de +56% das exportações. 

O Ebitda da siderurgia alcançou R$ 287 milhões (+311% a/a) e a margem ficou em 5%, um avanço de 3,7 pontos percentuais em relação ao 2T24. 

Já o segmento de mineração contribuiu com uma receita de R$ 910 milhões (+17% a/a), também impulsionado pelo crescimento das exportações. Por outro lado, o Ebitda ficou em R$ 115 milhões, uma queda de -26%, pressionado pelos maiores custos e despesas. Com o resultado, a margem Ebitda da mineração ficou em 13% (-7 p.p. a/a).

Apesar do bom desempenho na comparação anual, quando comparamos com o primeiro trimestre deste ano a receita apresentou um recuo de -3%, o Ebitda -44% e o lucro -62%. Esse desempenho se deu principalmente pelos preços mais baixos do aço e do minério e do aumento das despesas no período.

No que diz respeito à posição financeira, a companhia manteve indicadores saudáveis. O caixa totalizou R$ 6,7 bilhões, enquanto a dívida bruta foi de R$ 7,8 bilhões. A dívida líquida encerrou o trimestre em R$ 1 bilhão, resultando em um índice dívida líquida/Ebitda de 0,5x, frente a 0,7x no 1T25. 

O que esperar da Usiminas após lucro no 2º trimestre?

Com um guidance para o Capex de 2025 entre R$ 1,4 e R$ 1,6 bilhão, a Usiminas mantém alguns projetos em andamento, como a nova planta de injeção de carvão pulverizado (PCI), prevista para 2025, e a reforma da Coqueria #2, com conclusão estimada entre 2025 e 2026.

Para este ano, a expectativa é de recuperação do desempenho após dois anos de resultados bastante pressionados.

Os principais riscos permanecem associados à elevada dependência do mercado doméstico, à volatilidade dos preços de minério de ferro no mercado internacional e à execução dos investimentos industriais em curso. 

No momento, não temos recomendação de compra para as ações da Usiminas (USIM5).