O fundo imobiliário TG Ativo Real (TGAR11) tem se destacado no mercado imobiliário por oferecer uma rentabilidade elevada aos investidores. Neste artigo, você entenderá a estratégia e os riscos associados ao fundo.

Essa análise é fundamental para você entender se o TGAR11 se encaixa na sua tese de investimento em FIIs. 

O que é o TGAR11

O TGAR11, gerido pela TG Core Asset, é um fundo que adota uma estratégia híbrida, combinando ativos de crédito e projetos de desenvolvimento imobiliário, como loteamentos, incorporação e multipropriedade. O objetivo é gerar renda recorrente aos cotistas ao mesmo tempo em que participa de empreendimentos com maior potencial de valorização.

O setor de desenvolvimento possui possibilidade de maior retorno, com maior risco associado frente a outros setores tradicionais de fundos de tijolo para renda.

Qual o rendimento atual do TGAR11

Nos últimos meses, o TGAR11 manteve uma média de distribuição de R$ 1,00 por cota, o que equivale a um yield mensal superior a 1,18%. Quando anualizado, o retorno chega a 15,42%, posicionando o fundo entre os líderes do setor em rentabilidade. 

Além disso, o guidance de distribuição para o primeiro semestre de 2025 reforça a consistência deste rendimento, com projeção entre R$ 0,90 e R$ 1,10 por cota, segundo a gestão.

Cabe ressaltar que esse rendimento já foi mais alto no passado, tendo ficado entre R$ 1,20 e R$ 1,60 entre 2022 e 2023, com queda em 2024 e 2025. A queda no rendimento distribuído pelo TGAR11 é considerada normal no setor de desenvolvimento e trouxe o preço da cota para baixo, para ajustar a rentabilidade do fundo ao risco percebido pelo mercado.

Evolução dos dividendos do TGAR11. Fonte: Status Invest

Estratégia e composição do portfólio

O portfólio do TGAR11 é bastante diversificado e vai além do desenvolvimento imobiliário. A carteira de crédito do fundo inclui CRIs e outras operações estruturadas que geram liquidez e contribuem para a manutenção de uma distribuição estável de proventos.

Ainda assim, momentos desafiadores podem impactar as operações de desenvolvimento, o que é sentido no resultado a distribuir pelo fundo. 

Essa combinação entre ativos de renda e ativos de valorização torna o fundo atrativo para investidores que buscam retornos mais expressivos no segmento de FIIs.

Riscos a considerar antes de investir

Por outro lado, é importante destacar que o TGAR11 é um fundo classificado como moderado a agressivo. Projetos de desenvolvimento imobiliário estão sujeitos a riscos como atrasos, variações de custo e incertezas quanto à venda de unidades. Momentos de crise — como o atual, com taxa Selic a 15% a.a — agravam esse cenário.

Com isso, o preço da cota a mercado pode apresentar descontos em relação ao valor patrimonial, o que pode indicar percepção de risco maior por parte dos investidores.

A queda na distribuição de rendimentos devido ao momento desafiador (crise) pelo qual estamos passando, trouxe o preço da cota para baixo, ajustando a distribuição à rentabilidade exigida pelo mercado, conforme pode ser visto na figura abaixo.

Preço do TGAR11 nos últimos cinco anos. Fonte: Google Finance

Vale a pena para quem?

Em resumo, o TGAR11 pode ser uma boa escolha para investidores que têm apetite por risco moderado a alto, buscam renda mensal aliada a um possível ganho de capital, e que estão dispostos a manter a posição no médio e longo prazo. 

No entanto, para perfis mais conservadores, o ideal pode ser focar em fundos com menor exposição a risco de desenvolvimento e maior previsibilidade de fluxo de caixa, obtida em fundos de tijolo voltados para renda e crédito imobiliário.