A PRIO (PRIO3) reportou resultados em linha com o esperado no 1T25, com uma receita líquida de US$ 696 milhões, crescimento de +15% e um Ebitda de US$447 milhões, -4% de queda e um lucro líquido de US$ 345 milhões, uma expansão de +54%, com todos os resultados comparados ao mesmo período do ano anterior.

Destaques do 1T25. Fonte: PRIO RI

Destaques da PRIO (PRIO3) no 1T25

No 1T25, a PRIO entregou uma alta de +34% no volume de óleo vendido, totalizando 10,2 milhões de barris comercializados. Apesar da queda de -12% no preço médio do Brent, utilizado como referência, a receita da companhia apresentou crescimento de +15%.

A produção no trimestre foi de 109 mil barris por dia (bpd), representando um aumento de 24%, impulsionado pela incorporação da fatia adquirida no campo de Peregrino, a qual mais do que compensou as reduções nas produções dos demais campos, afetadas por manutenções e interrupções temporárias.

O custo de extração por barril (lifting cost) foi de US$ 12,8, representando um aumento de 71%, refletindo as quedas nos volumes nos ativo já existentes no portfólio e, principalmente, a incorporação dos números referentes ao campo de Peregrino, cuja operação apresenta lifting cost significativamente mais elevado — sendo este o primeiro trimestre com impacto integral nos resultados.

Evolução do custo de extração por barril. Fonte: PRIO RI

Por conta disso, os custos totais da PRIO acabaram subindo +104%, bem como as despesas, com alta de +78% (majoritariamente em função da mudança na contabilização da provisão de remuneração variável, passando a ser provisionada trimestralmente e não apenas no último trimestre). Dessa forma, o Ebitda foi -4% inferior (margem de 64%, -13 p.p.).

Contudo, o lucro da companhia cresceu +54%. Apesar do aumento da depreciação (campo de Peregrino) e das despesas financeiras (maior dívida), a linha de impostos foi positiva no trimestre por conta do ajuste da base tributável em função da valorização do real, alterando o valor apresentado no imobilizado e intangível.

A dívida líquida da companhia encerrou o trimestre em US$ 2,4 bilhões, um aumento relevante na comparação anual por conta do pagamento dos 40% adquiridos em Peregrino, mas uma leve queda em relação ao trimestre anterior — representando apenas 1,3x o Ebitda da empresa.

Quais as perspectivas para a PRIO (PRIO3) em 2025? 

No final do ano passado, a PRIO concluiu a aquisição de 40% do campo de Peregrino e, no início deste mês, surpreendeu o mercado ao anunciar a aquisição dos 60% restantes pertencentes à Equinor.

Por conta da nova aquisição, a alavancagem da companhia deve subir momentaneamente para o patamar de 2x Ebitda (ainda baixa, dentro dos covenants e que será reduzida rapidamente nos trimestres subsequentes ao fechamento da transação, com a geração de caixa do próprio ativo) e, com a incorporação dos 60% restantes do ativo, a produção será incrementada em cerca de 59 mil bpd.

Além disso, a depender do timing da aprovação da licença que ainda está pendente (de tieback com campo de Frade), a produção poderá ser positivamente impactada por mais 40 bpd com o campo de Wahoo começando a produzir.

Vale investir na Prio (PRIO3) após resultados do 1º trimestre?

Negociando a apenas 5x Ebitda e com excelentes perspectivas de crescimento, a ação da PRIO (PRIO3) segue como nossa ação preferida no setor de óleo e gás. Mesmo diante do atual patamar mais baixo dos preços do petróleo (US$ 62), a companhia apresenta resiliência por contar com um custo de extração reduzido e uma estrutura de capital sólida.