Pnad Contínua hoje: taxa de desemprego sobe para 7% em março
A taxa de desocupação no trimestre encerrado em março subiu para 7,0% — variação positiva de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2024 —, porém é a menor para o período desde o início da série da Pnad Contínua, em 2012.
A geração de postos de trabalho formais foi um dos principais vetores dessa melhora. A população ocupada alcançou 100,2 milhões de pessoas, um aumento de 2,8 milhões em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O crescimento foi especialmente relevante nos segmentos de serviços, comércio e construção, que historicamente têm papel central na absorção de mão de obra.
Além disso, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu 37,9 milhões, com alta de 3,6% na comparação anual, o que indica maior dinamismo e formalização no mercado.
Outro aspecto positivo foi a queda na subutilização da força de trabalho que caiu para 17,6%, o menor patamar desde 2016, enquanto o número de desalentados — aqueles que desistiram de procurar emprego — recuou 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado, somando 3,6 milhões de pessoas.
Esses indicadores mostram não apenas uma maior disponibilidade de vagas, mas também uma melhora na confiança dos trabalhadores quanto à possibilidade de reinserção no mercado.
Informalidade ainda pesa no emprego
Apesar do cenário mais favorável, a recuperação ainda apresenta desafios. A informalidade segue elevada, com 38,9 milhões de pessoas atuando sem carteira assinada ou por conta própria, o que corresponde a 38,9% da população ocupada.
Embora tenha ocorrido uma leve redução na informalidade em relação ao trimestre anterior, ela permanece como uma das principais vulnerabilidades estruturais do mercado de trabalho brasileiro.
Ademais, com o desemprego próximo de baixas históricas, crescem as pressões sobre preços e o questionamento se a taxa de juros deve entrar efetivamente em trajetória de corte.
O que é a PNAD Contínua?
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) era o principal dado sobre o mercado de trabalho brasileiro. O dado possuía periodicidade anual e foi encerrada em 2016, sendo substituída pela PNAD Contínua, que possui periodicidade trimestral (trimestres móveis) e cuja metodologia foi atualizada.
A periodicidade em trimestres móveis significa que o dado referente a maio, por exemplo, representa o período de março, abril e maio. Ou seja, ao ler “o desemprego de maio”, por exemplo, entende-se como “o desemprego no trimestre encerrado em maio”.
O objetivo é o mesmo: fornecer uma leitura completa sobre a dinâmica do mercado de trabalho brasileiro.
Quais dados a PNAD Contínua fornece?
Por meio das informações fornecidas pela PNAD Contínua, é possível saber não só a taxa de desemprego do país, como também os salários e a taxa de participação.
Olhando os dados mais por dentro, é possível observar detalhes como empregos com carteira assinada, trabalhadores por conta própria, taxa de informalidade, entre outras informações.
Qual foi a última PNAD Contínua?
A última pesquisa PNAD Contínua foi divulgada no dia 29 de novembro pelo IBGE. A taxa de desocupação foi de 6,2% em outubro e apresentou uma redução em relação aos 6,4% do trimestre encerrado em setembro.
PNAD contínua hoje
A taxa de desemprego, divulgada pela pesquisa PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), atingiu 6,2% no trimestre encerrado em outubro. O resultado figura no menor nível de toda a série histórica da PNAD, coletada desde 2012.