As ações da PetroRecôncavo (RECV3) operam em forte alta no pregão desta sexta-feira, 9, em reação ao balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25). Por volta de 16h05, os papéis apreciavam +6,98%, cotados a R$ 14,41.

A companhia registrou resultados acima da nossa expectativa. No 1T25, a receita líquida totalizou R$ 861 milhões, uma alta de +16%, o Ebitda ajustado foi de R$ 424 milhões, um avanço de +3%, e o lucro líquido foi de R$ 136 milhões, uma alta de +24%, com todos os resultados comparados com o mesmo período do ano anterior.

Alta do dólar e do gás favorecem receita

O destaque do trimestre ficou para o maior volume vendido e a valorização do dólar, que mais do que compensaram a queda do petróleo Brent.

 Resultados do 1T25. Fonte: PetroReconcavo RI. Elaboração: Nord Research

No trimestre, a petroleira alcançou uma média diária de 27.262 barris, um leve incremento de +3% na comparação com o 1T24. O ativo Bahia foi o destaque da produção com um crescimento de +13%, enquanto o ativo Potiguar apresentou uma queda -5%.

O lifting cost (custo de extração por barril) apresentou um aumento de +4,5% a/a, devido aos maiores gastos com reparo de poços e com a integridade dos ativos.

O volume vendido de óleo reportou um aumento de +7% na comparação anual, e no gás o crescimento foi de +3%.

Os maiores volumes somados à valorização do dólar, mais do que compensaram o recuo de -9% do preço médio do Brent, contribuindo para uma receita líquida de R$ 861 milhões no trimestre, uma alta anual de +15,6%.

Dívida sob controle e forte geração de caixa

Além do aumento do lifting cost, os custos e despesas totais apresentaram uma alta de +9%. Assim, o Ebitda ajustado da petroleira somou R$ 424 milhões (+3% a/a) e a margem Ebitda ficou em 49,2%, recuo de -2 p.p. versus o 1T24.

Com um resultado financeiro positivo, o lucro líquido foi de R$ 136 milhões, uma alta de +23% a/a.

Com uma estrutura de capital saudável, a PetroReconcavo encerrou o 1T25 com uma dívida líquida de R$ 1,1 bilhão, -19% menor que o reportado no trimestre anterior. Assim, a alavancagem (dívida líquida/Ebitda) ficou em 0,6x Ebitda, contra 0,8x o reportado no 4T24.

O grande destaque, novamente, ficou para a geração de caixa, que alcançou fluxo de caixa livre de R$ 207 milhões no trimestre.

RECV3 pagará R$ 263,4 milhões em JCP

Além dos resultados trimestrais, a PetroReconcavo aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 263,4 milhões, correspondente ao valor bruto de R$ 0,90 por ação ordinária. 

O pagamento do JCP terá como base os acionistas detentores das ações no dia 15 de maio de 2025, sendo que as ações serão negociadas “ex-proventos” a partir do dia 16 de maio. O pagamento será realizado no dia 27 de maio de 2025.

O dividend yield de PetroReconcavo (RECV3) dos últimos 12 meses é de 19,9%.

O que esperar de PetroReconcavo (RECV3) em 2025?

Para o ano de 2025, a petroleira mantém seu foco em maiores investimentos estratégicos, visando ganhos de eficiência operacional e redução da sua dependência em terceiros para o processamento e escoamento de óleo e gás (midstream).

Apesar de não observarmos uma expansão maior da sua produção por meio de aquisições, a estrutura de capital confortável e a maior rentabilidade, impulsionam a geração de caixa. Assim, a petroleira vem se transformando em uma grande pagadora de dividendos. 

Diante desse cenário, considerando a resiliência da PetroReconcavo, seguimos comprados em RECV3.

Para investir nas ações da PetroReconcavo é necessário ter uma conta em uma corretora de valores. A empresa é negociada na B3 sob o ticker RECV3.