Ouro nas máximas, dólar em queda: onde investir com segurança hoje?
Entenda onde investir com segurança hoje em meio à alta do ouro e queda do dólar. Veja a análise da Nord Wealth
Poucos gráficos resumem tão bem o que foi 2025 quanto este: enquanto o ouro acumula alta de +52,5%, o dólar (DXY) cai -8% no mesmo período. Uma inversão clara das forças que dominaram a última década.

O que estamos vendo é mais do que um simples rali de commodities ou uma correção cambial. O movimento traduz uma mudança estrutural na forma como o mundo enxerga o valor do dinheiro.
Contexto macroeconômico
Nos últimos anos, governos e bancos centrais adotaram políticas de estímulo fiscal e monetário em escala inédita. Primeiro para enfrentar a pandemia, depois para sustentar o crescimento em meio a juros altos e tensões geopolíticas.
Esse excesso de liquidez, somado a déficits crescentes e ao endividamento público recorde, começou a corroer a confiança nas moedas fiduciárias.
É o que os analistas chamam de debasement trade — o processo em que a expansão fiscal e monetária leva à desvalorização gradual das moedas “de papel”, enquanto ativos reais e alternativos, como ouro, bitcoin e até certos ativos produtivos, ganham espaço como reserva de valor.
Em outras palavras: o mundo está trocando parte do seu “dinheiro oficial” por ativos que não dependem de emissores soberanos.
E isso explica por que o ouro, um ativo milenar e tangível, voltou a ocupar o centro das atenções em 2025, enquanto o dólar perdeu parte de seu brilho.
Mas o que esse movimento realmente significa para o investidor?
Ouro nas máximas: por que subiu tanto?
O ciclo de valorização do ouro é reflexo direto do ambiente macroeconômico dos últimos anos.
Após a pandemia, o mundo entrou em um regime fiscal expansionista, com gastos públicos recordes financiados por endividamento e emissão monetária. O resultado foi uma inflação estruturalmente mais alta e uma erosão perceptível do poder de compra das moedas fiduciárias.
Ao mesmo tempo, o cenário geopolítico se tornou mais fragmentado: as tensões entre Estados Unidos e China, a guerra na Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio estimularam um movimento de desdolarização, com países buscando maior soberania financeira.
Nesse contexto, o ouro voltou a ser visto como o ativo neutro por excelência — fora do alcance político e da jurisdição de qualquer governo.
A demanda institucional reforçou essa tendência: os bancos centrais têm sido os maiores compradores líquidos do metal precioso desde a década de 1970, liderados por países emergentes que reduziram a exposição a Treasuries.
Com um mercado relativamente pequeno e oferta praticamente fixa, pequenos fluxos compradores são capazes de provocar grandes movimentos de preço — exatamente o que vimos em 2025.
O que esperar daqui para frente
O cenário macro segue oferecendo suporte ao ouro.
A expansão fiscal global permanece intensa, os juros reais tendem a cair e o ambiente geopolítico continua instável — uma combinação que tradicionalmente favorece ativos de reserva.
No entanto, é importante reconhecer que, após um rali expressivo, a assimetria de entrada diminuiu.
O ouro cumpre um papel de proteção e diversificação, mas não deve ser encarado como uma aposta direcional de retorno.
Além disso, o metal carrega uma limitação estrutural: não é um ativo produtivo.
Diferentemente de ações ou imóveis, o ouro não gera fluxo de caixa. Seu retorno depende exclusivamente da apreciação de preço ao longo do tempo.
Posição Nord Wealth
Na Nord Wealth, vemos o ouro como um diversificador tático dentro de uma estratégia patrimonial ampla.
Ele continua relevante em carteiras que buscam antifragilidade e resiliência, mas entendemos que o atual nível de preço reduz a atratividade para novas posições.
Diante disso, mantemos exposição pequena ou zerada no ouro, direcionando o foco para outros ativos reais com teses produtivas e claras, como ações globais e o próprio bitcoin, que reúne escassez digital, adoção institucional crescente e potencial de longo prazo.
O ouro segue sendo um ativo de proteção, mas não é hoje, nem em toda sua história, o principal vetor de geração de retorno ajustado ao risco.
Dólar em queda: o que isso significa?
Apesar da fraqueza recente, o dólar segue sendo o eixo central do sistema financeiro global.
Para o investidor brasileiro, ele continua essencial: representa a moeda forte contra a moeda fraca e funciona como uma proteção natural frente a um cenário de deterioração fiscal, volatilidade política e incertezas domésticas.
Ter parte do patrimônio dolarizado não é uma aposta, é uma necessidade estratégica para reduzir a dependência do ciclo econômico local e preservar poder de compra global.
A visão atual
Mesmo com o avanço do debasement trade e a consequente valorização de ativos reais, o dólar segue indispensável dentro de um portfólio equilibrado.
Mas o momento exige uma postura mais seletiva: não basta estar dolarizado, é preciso estar bem dolarizado.
Isso significa distribuir a exposição entre classes e geografias complementares, em vez de concentrar apenas em caixa ou Treasuries.
Nesse sentido, destacamos também a tese China como uma alternativa importante de diversificação global. Um mercado que vem se abrindo gradualmente, com papel crescente na economia mundial e correlação reduzida com os ciclos ocidentais.
Posição Nord Wealth
O dólar segue como a âncora global das carteiras internacionais, mas o portfólio moderno precisa ser plural.
Na Nord Wealth, estruturamos as alocações internacionais combinando dólar, yuan e ativos reais, criando um portfólio mais diversificado, produtivo e antifrágil.
Estratégia da Nord Wealth para investir com segurança
Em um ano marcado por contrastes — ouro em rali, dólar em queda, emergentes em alta —, o que diferencia bons portfólios não é a capacidade de prever o próximo movimento, mas sim a de entender o contexto e reagir com método.
Na Nord Wealth, é exatamente isso que fazemos. Nosso Comitê de Investimentos acompanha de forma contínua os vetores macroeconômicos, a dinâmica de fluxos e a atratividade relativa entre classes de ativos, convertendo esse diagnóstico em decisões patrimoniais consistentes e isentas.

Essa abordagem técnica e processual é o que nos permite navegar por cenários complexos com tranquilidade, ajustando alocações quando necessário, sem depender de previsões ou ruídos de curto prazo.
Avaliação de carteira
Se você ainda tem dúvidas sobre como se posicionar em dólar ou equilibrar a sua carteira internacional, fale com um advisor da Nord Wealth.
Faremos uma avaliação personalizada do seu portfólio e ajudaremos a construir uma estratégia de alocação segura, produtiva e compatível com os desafios atuais.

