Mesmo com as restrições impostas pelo governo, a Nvidia (Nasdaq: NVDA; B3: NVDC34) não parece frear seu crescimento. A empresa divulgou após o fechamento do mercado na quarta-feira, 28, seus resultados para o primeiro trimestre do calendário fiscal de 2026 (o calendário fiscal da companhia é um pouco diferente). 

Apesar das restrições impostas pelo governo americano à venda de chips H20 para a China, em 9 de abril, a Nvidia superou as expectativas do mercado e entregou resultados acima de seu próprio guidance. 

Não poderia ser mais inconveniente. 

Até pouco tempo atrás, o mercado atribuía aos resultados da companhia um termômetro para o otimismo dos investidores. Bons números eram sinônimo de exuberância no mercado — especialmente para empresas de tecnologia, alimentando ainda mais o otimismo com o excepcionalismo americano e a tese secular de crescimento da inteligência artificial. 

O contrário também é verdade. Um resultado aquém do esperado representaria uma ducha de água fria nos ânimos dos investidores. Para os pessimistas, esse seria o momento de brilhar. 

Em abril, o vencedor do concurso de popularidade mais acompanhado da história, Donald Trump, anunciou que a empresa teria de parar de vender seus chips de inteligência artificial para a China. 

Esse bloqueio deveria servir como catalisador para dar um ponto final à série de resultados surpreendentes da companhia. Mas não foi o caso.

Nvidia resultados trimestrais 2025

A companhia entregou mais um trimestre de resultados fantásticos, impulsionados pela alta demanda de seus chips de inteligência artificial (H100, H200 e B200). No trimestre, a linha de data centers teve um crescimento de +73%. Isso, mesmo após a empresa ter excluído do seu resultado US$ 2,5 bilhões em vendas para a China (e US$ 8 bilhões para o 2T26). 

 Quebra de receitas por segmento. Fonte: Nvidia RI

Outro destaque do resultado, apesar de ter um impacto menor que o de data centers, foi o segmento de Gaming. Essa linha teve um crescimento de +42% na comparação com o ano passado. 

O bom desempenho veio em decorrência de adaptações feitas aos produtos de gaming, utilizando a arquitetura dos chips Blackwell — que tiveram uma excelente adaptação para essa linha também. 

As demais linhas, apesar de pouco relevantes no resultado, também tiveram um bom crescimento. Com isso, a empresa no agregado teve um crescimento de receitas de +69% no 1T26. 

Apesar de as receitas terem tido um forte crescimento, o lucro líquido cresceu apenas +31%, atingindo US$ 20 bilhões de dólares. O crescimento menor do lucro se deve à exclusão das receitas dos chips H20 (China) e também por um aumento de 44% nas despesas operacionais.

Números sólidos para o trimestre, com indicação de que a empresa terá novamente excelentes resultados pela frente. Mas a grande questão que persiste é: qual o teto para esse crescimento todo?

Impacto das tarifas comerciais com a China

Apesar dos resultados positivos, a Nvidia enfrentou desafios devido às restrições impostas pelo governo dos EUA às exportações para a China. A empresa reconheceu um encargo de US$ 4,5 bilhões relacionado à suspensão de US$ 2,5 bilhões em vendas de chips H20 para o mercado chinês. Esse fator afetou a margem bruta, que ficou em 61%; sem o impacto das restrições, a margem teria sido de 71%. 

Demanda de longo prazo e competição no horizonte

Assim como os investidores, a Nvidia demonstra já ter superado os impactos decorrentes da perda de receitas com as vendas para a China. Desde o anúncio das restrições, as ações da empresa registraram uma valorização superior a 20%, mesmo antes da divulgação dos resultados. 

Para o próximo trimestre, apesar da estimativa de perda de US$ 8 bilhões em vendas para o mercado chinês, a expectativa da companhia é de um crescimento de 50%.

Pensando na demanda de mais longo prazo, os acordos feitos entre EUA, Arábia Saudita e os Emirados Árabes para o desenvolvimento de infraestrutura para inteligência artificial são animadores para a Nvidia e para seus pares dentro da cadeia logística de IA. 

Na teleconferência de resultados, o presidente da Nvidia, Jensen Huang, discutiu o tema de que “todos os países terão de construir uma infraestrutura de inteligência artificial”. O que dificulta ser pessimista com relação à tecnologia, à medida que cada vez mais ela se aproxima de um tema de segurança nacional para diversas nações. 

Enquanto isso, no Brasil: “Quando eu vejo o que vocês fazem aqui na Petrobras, a inteligência humana, eu fico imaginando um país como o Brasil talvez não precise de inteligência artificial porque a nossa humana é muito competente e ela pode dar conta do recado”, afirmou o presidente Lula.

Se essa tendência, iniciada por países árabes, se estender por outras nações, o crescimento da companhia não deve cessar tão cedo. Mas existe um novo risco emergindo. 

Na conferência deste trimestre, o Jensen mudou um pouco seu tom habitual de animação com a revolução tecnológica e endereçou alguns pontos mais pessimistas com as medidas de restrições que os EUA estão impondo à venda de semicondutores: 

“A inteligência artificial chinesa vai se mover com ou sem os chips dos EUA.” — Jensen Huang

Nada induz à criação de soluções tão bem quanto a dificuldade e a escassez. É justamente através disso que a China vem trilhando seu caminho e desenvolvendo suas soluções para competir nessa frente tecnológica. Apesar de o país ainda estar atrás dos principais chips da Nvidia, a China vem trazendo progresso à sua maneira — mesmo diante das restrições de chips e de máquinas para a fabricação desses. 

 Comparação do desempenho de chips da China e da Nvidia. Fonte: Kinea

Hoje, os melhores chips chineses já superam, por exemplo, os chips H20 que a Nvidia vendia para lá até pouco tempo atrás. A tendência é que, com as restrições impostas pelo governo americano, a China continue investindo no desenvolvimento dessas tecnologias — e, com isso, passe a encontrar soluções para se posicionar nessa cadeia econômica. 

O alerta dado pelo presidente da Nvidia foi sutil. Minutos depois, ele elogiou a gestão do governo. Claramente, caminhando sobre uma linha tênue de como lidar com o governo enquanto concilia uma demanda explosiva pelos seus produtos. 

O que está claro é que a empresa ainda não bateu no teto, beneficiando não apenas seus acionistas, mas também diversas outras empresas que fazem parte dessa cadeia de semicondutores no mundo.

Perspectivas para ação da Nvidia no próximo trimestre

Para o segundo trimestre de 2025, a Nvidia projeta uma receita de US$ 45 bilhões, mesmo considerando uma possível perda de US$ 8 bilhões em vendas para a China. A empresa está desenvolvendo versões adaptadas de seus chips para contornar as limitações e expandir sua presença em mercados do Oriente Médio.

A performance da Nvidia no primeiro trimestre reforça sua posição de liderança no setor de tecnologia, especialmente em áreas como inteligência artificial e data centers, demonstrando resiliência e capacidade de adaptação frente a desafios geopolíticos.

NVDC34: vale a pena investir na gigante de tecnologia?

Apesar de ser uma empresa excelente e estar no epicentro do crescimento da inteligência artificial no mundo, temos uma recomendação Neutra para Nvidia. O setor de chips é um mercado altamente competitivo e dinâmico. 

Hoje, a Nvidia está liderando a corrida, mas sempre existe o risco de um competidor introduzir soluções melhores. Além disso, as restrições de vendas à China podem acelerar o desenvolvimento de chips de empresas como a Huawei — trazendo uma competição ainda maior ao mercado. 

Acreditamos que dentro do setor de semicondutores existem oportunidades melhores e mais baratas. Caso a Nvidia perca sua posição de liderança no mercado, provavelmente os chips da nova líder serão fabricados pela TSMC (TSMC34) — nosso nome preferido para o setor. 

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