Os papéis da MRV (MRVE3) caem 6,5% na tarde desta terça-feira, 15, refletindo preocupações com a geração de caixa e o desempenho negativo de subsidiárias como Resia, Urba e Luggo. A construtora divulgou sua prévia operacional do 2T25 na véspera.

Prévia operacional da MRV 

No 2T25, a MRV lançou R$ 3,45 bilhões em sua operação de Incorporação Brasil, forte crescimento de +54% na comparação anual, enquanto as vendas totalizaram R$ 2,7 bilhões (R$ 310 não registrados no trimestre por atrasos no repasse em programas habitacionais estaduais), crescimento de +6%, em função de um ticket médio de R$ 270 mil, +8% maior. 

Houve um consumo de caixa de R$ -34 milhões na Incorporação Brasil, mas o valor foi impactado em R$ -45 milhões pela mudança de critério da Caixa (R$ 193 milhões acumulados em atraso) e em R$ -77 milhões pelas unidades não repassadas nos programas estaduais. Sem estes impactos, a geração de caixa do trimestre teria sido de R$ 88 milhões.

Na Resia (USA), foram vendidos US$ 60 milhões em ativos, com geração de caixa de US$ 39 milhões (forte redução no investimento em construção), enquanto na Urba (loteamento) houve uma geração de caixa de R$ 9 milhões e na Luggo (imóveis para aluguel) houve um consumo de caixa de R$ -30 milhões (3 obras sendo concluídas). Desta forma, a geração de caixa total da MRV foi de R$ 136 milhões (vs. consumo de R$ -376 milhões no 2T24).

Fonte: MRV RI

Por volta das 14h48, as ações da empresa caem quase 7%, com o mercado ignorando a evolução operacional e a geração de caixa consolidada, e focando apenas no consumo de caixa no Brasil (que foi impactado por eventos não recorrentes e fora do controle da empresa). 

Continuamos bastante otimistas com o papel, que pode entregar uma das maiores valorizações da bolsa à medida que o plano de desalavancagem for se materializando. Mantemos COMPRA na carteira Nord 10X.

Fonte: MRV RI