A Méliuz (CASH3), fintech que atende mais de 30 milhões de usuários no Brasil, anunciou a compra de US$ 28 milhões em bitcoin (BTC). Com a nova aquisição, a companhia passou a deter 595,67 bitcoins em seu caixa.

Méliuz compra bitcoin e se destaca no mercado financeiro

Em nota ao mercado, o Méliuz deixou claro que a aquisição dos novos 275,43 bitcoins custou em média US$ 103,8. Com isso, a empresa soma 595,67 BTCs em sua reserva, tornando-se a maior companhia da América Latina a deter bitcoin como ativo estratégico de longo prazo. O custo médio das novas moedas foi de US$ 103,8 mil, elevando o preço médio total para US$ 102,7 mil por bitcoin.

Estratégia de longo prazo com criptomoedas

A Méliuz já havia anunciado um plano de alocar até 10% de seu caixa em bitcoin. Para viabilizar essa meta, reformulou sua Política de Gestão de Liquidez e instituiu um Comitê Estratégico de Bitcoin, encarregado de avaliar e executar novas compras da criptomoeda.

Méliuz se posiciona como “maior detentora latina de bitcoin”. O que isso significa?

A Méliuz enfrentou desafios significativos desde seu IPO, incluindo problemas de governança, aquisições malsucedidas e perda de foco por parte da liderança. No entanto, a empresa está adotando uma nova abordagem ao se posicionar como uma "Bitcoin Treasury Company", seguindo o exemplo de empresas como a Strategy (antiga MicroStrategy).

A estratégia de exposição exclusiva ao bitcoin, por meio de mecanismos acessíveis apenas a companhias de capital aberto, com o objetivo de ampliar a participação nesse criptoativo, tem sido replicada em diversos mercados ao redor do mundo.

A Strategy e Metaplanet são as duas mais conhecidas no mundo e a Méliuz é a “representante brasileira” dessa estratégia. 

É necessário cuidado, visto que o bitcoin é um ativo de alta volatilidade, porém, as empresas que seguiram essa estratégia vêm tendo sucesso.

O bitcoin pode superar o ouro como reserva de valor institucional?

O bitcoin possui características semelhantes às do ouro, como escassez e resistência à censura, tornando-o uma alternativa viável como reserva de valor. Além disso, a crescente adoção institucional e a infraestrutura regulatória em desenvolvimento reforçam essa perspectiva positiva.