A Klabin (KLBN11) reportou resultados em linha com o consenso de mercado, com uma receita líquida de R$ 4,8 bilhões no 1T25, um crescimento de +9,7%, um Ebitda ajustado de R$ 1,8 bilhão, +12,5% de alta e um lucro líquido de R$ 446 milhões, recuo de -3%, com todos os resultados comparados com o mesmo período do ano anterior.

 Principais destaques no 1T25. Fonte: Klabin RI. Elaboração: Nord Research

O destaque do primeiro trimestre de 2025 ficou para o crescimento da receita em todas as linhas de negócios da Klabin.

Papéis e Embalagens impulsionando a receita

No negócio de Celulose, a Klabin registrou um leve crescimento de +3% na receita, refletindo, principalmente, a valorização do dólar, que mais do que compensou a queda de -5% do volume de vendas da commodity.

No negócio de Papéis, a companhia reportou uma alta de +11% a/a na receita em função do maior volume vendido (+2% a/a), da alta dos preços (+10%) e da valorização da moeda norte-americana. 

Já no negócio de Embalagens, o aumento da receita também foi de +11%, resultado da alta de +10% dos preços das embalagens no período.

Endividamento elevado

Diante do crescimento dos negócios de celulose, Papel e Embalagem, a receita líquida da Klabin totalizou R$ 4,8 bilhões no 1T25, um crescimento de +9,7% na comparação anual.

O custo caixa por tonelada (incluindo paradas programadas) foi de R$ 3.335/tonelada, aumento de +11% a/a, impactado principalmente pelos maiores custos com insumos.

O Ebitda ficou em R$ 1,8 bilhão, alta de +12,5% versus o 1T24, refletindo o bom desempenho operacional. Assim, a margem Ebitda totalizou 38%, expansão de +1 p.p.

Com o menor resultado financeiro negativo, o lucro líquido da Klabin alcançou R$ 446 milhões, uma leve queda de -3% a/a.

No 1T25, a Klabin reportou uma dívida líquida de R$ 30,5 bilhões, uma redução de -8% em relação ao último trimestre de 2024. Deste modo, a alavancagem encerrou o período em 3,9x dívida líquida/Ebitda.

Refletindo o desempenho operacional positivo, a companhia reportou um fluxo de caixa livre de R$ 492 milhões, revertendo a queima de caixa do mesmo trimestre do ano passado.

O ROIC (retorno sobre o capital investido) encerrou o 1T25 em 10,7%.

O que esperar de Klabin (KLBN11) em 2025?

Beneficiada pela alta do dólar e o aumento dos preços das embalagens, a Klabin reportou resultados sólidos no primeiro trimestre deste ano.

Para 2025, a expectativa é um crescimento de +7% para a receita, mas estabilidade para o Ebitda.

No longo prazo, a expectativa fica para a execução do plano de expansão da produção até 2027 em Puma II (2ª máquina) e Figueira (papelão ondulado), e o plano de autossuficiência com o Projeto Caetê (floresta de eucalipto e pinus).

Entretanto, o alto endividamento da Klabin é o ponto de atenção, e pode pressionar a distribuição de proventos nos próximos trimestres. Assim, negociando a 13x lucros e 7x Ebitda, mantemos recomendação neutra para o papel.

Klabin pagará R$ 279 milhões em dividendos

A Klabin também comunicou o pagamento de R$ 279 milhões em dividendos, correspondendo a R$ 0,04576 por ação ordinária (ON) e preferencial (PN) e a R$ 0,2288 por unit.

O pagamento dos dividendos será realizado no dia 22 de maio de 2025 e as ações passarão a ser negociadas “ex-dividendos” a partir do dia 14 de maio de 2025.

O dividend yield da Klabin (KLBN11) dos últimos 12 meses é de 4,9%.

Vale a pena comprar Klabin (KLBN11) após queda no lucro no 1T25?

A Klabin S.A é uma sociedade anônima de capital aberto, com 23 fábricas no Brasil e uma na Argentina. No momento, não temos recomendação de compra para as ações da companhia.

Para investir nas ações da Klabin é necessário ter uma conta em uma corretora de valores. A empresa é negociada na B3 sob o ticker KLBN11, KLBN3 e KLBN4, sendo o KLBN11 com maior liquidez para investimentos.