Ibovespa fecha em queda nesta terça; dólar também recua de olho em política comercial dos EUA
Bolsas de Nova York fecham majoritariamente em queda, de olho nas tarifas dos EUA em diversos países, incluindo Japão e Coreia do Sul
A Bolsa brasileira seguiu caindo nesta terça-feira em meio às incertezas globais, com o Ibovespa operando em queda de -0,13%, aos 139.302,85 pontos (baixa de -186,85 pontos).
No dia, o principal destaque negativo foi a queda de -4,06% das ações da WEG (WEGE3), enquanto o principal destaque positivo foi a alta de +8,22% dos papéis da Minerva (BEEF3).
Nos EUA, as Bolsas americanas fecharam o dia sem direção única, com o S&P 500 apresentando baixa de -0,07% e o Nasdaq subindo +0,03%.
No mercado de câmbio, o dólar voltou a cair ante ao real, cotado agora aos R$ 5,45 (-0,76%).
Fechamento de mercado (08/07/2025)
Indicador | Valor | Variação |
Ibovespa | 139.302,85 | -0,13% |
S&P 500 | 6.225,52 | -0,07% |
Nasdaq | 20.418,46 | +0,03% |
Dólar | R$ 5,45 | -0,76% |
Fonte: Bloomberg
Atualizações do mercado
Ibovespa cai e tenta sustentar os 139 mil pontos
Apesar das altas de empresas ligadas a commodities e juros futuros em queda, a nossa Bolsa recua no pregão desta terça-feira, 8. Hoje, dados mais fracos no varejo brasileiro também contribuem para que o apetite por risco seja mitigado. Perto das 13h35, o IBOV recuava -0,32%, a 139.050 pontos.
Governo arrecada R$ 2,1 bilhões a mais com IOF
O governo federal arrecadou R$ 8 bilhões com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em junho, R$ 2,1 bilhões a mais que no mês anterior, com o decreto do presidente Lula que aumentou as alíquotas do IOF. Os dados são do Siga Brasil, mantido pelo Senado.
A receita total com impostos de junho cresceu 3,4% (na comparação anual, em termos reais), mas foi R$ 1,7 bilhão abaixo das estimativas do governo, provavelmente devido à menor arrecadação de IRPJ/CSLL, refletindo a desaceleração econômica. No momento, o governo enfrenta uma série de dificuldades para aprovar medidas que aumentem a arrecadação no Congresso.
O que muda com o novo bloco de controle da Hypera (HYPE3)?
A Hypera (HYPE3) oficializou a formação de um novo bloco de controle, composto por João Alves de Queiroz Filho (27%), o fundo mexicano Maiorem (15%) e o grupo Votorantim (11%), totalizando 53% do capital da companhia.
O anúncio já era esperado, tendo em vista que as partes já haviam feito um acordo para tal em março. Contudo, com a vigência do novo acordo, o surgimento de novos grupos minoritários relevantes foi dificultado, assim como a possibilidade de uma aquisição hostil, cogitada após a EMS propor a fusão com a empresa.Operando em um mercado altamente regulado, de alta competição e negociando a múltiplos elevados, nossa recomendação é evitar o papel.
Cury (CURY3) divulga prévia operacional do segundo trimestre
A construtora Cury (CURY3) informou em sua prévia operacional do 2T25 o total de nove lançamentos feitos entre abril e junho deste ano, ante oito no 2T24. No período, o Valor Geral de Vendas (VGV) aumentou em 28,3% na mesma comparação, para R$ 2,2 bilhões.
Apesar da leve queda dos lançamentos na comparação trimestral, as vendas vieram acima do esperado pelo mercado, refletindo o momento bastante favorável do Minha Casa Minha Vida. O mercado espera uma aceleração dos lançamentos no segundo semestre.
Oi (OIBR3) pede fim do Chapter 15 nos EUA
O Grupo Oi (OIBR3) pediu o encerramento do Chapter 15 que corre em Nova York. No entanto, o movimento não significa um alívio da atual situação financeira enfrentada pela empresa de telecomunicações. A companhia avalia entrar com um Chapter 11 (recuperação judicial nos EUA).
Aura Minerals (AURA33) lança oferta de ações para listagem na Nasdaq
A Aura Minerals (AURA33) anunciou uma oferta pública de ações nos Estados Unidos, visando captar aproximadamente US$ 210 milhões com a listagem de seus papéis na Nasdaq sob o código "AUGO". A precificação da oferta da Aura será no dia 15 de julho de 2025 e o início das negociações na Nasdaq será no dia 16 de julho de 2025.
Volume de vendas do varejo cai 0,2% em maio
O volume de vendas no varejo em maio recuou 0,2% em relação a abril, enquanto o mercado esperava uma leve alta de 0,2%. O dado de abril foi revisado de -0,4% para -0,3%. Já na comparação com maio de 2024, o setor apresentou avanço de 2,1%.
Abertura de mercado
Com as novas ameaças tarifárias de Trump, inclusive contra países aliados ao Brics, o Ibovespa fechou o pregão de ontem caindo -1,26%. Nesta terça-feira, 8, o índice futuro da bolsa brasileira abriu em estabilidade.
Nos EUA, após o fim de semana prolongado devido ao feriado de 4 de julho, os índices S&P 500 (-0,79%) e Nasdaq (-0,92%) também fecharam a sessão anterior em queda. Hoje, os futuros dos índices americanos abriram no positivo.
Mercado futuro (08/07/2025)
Indicador | Valor | Variação |
Ibovespa futuro | 141.375 pts | -0,02% |
S&P 500 Futuro | 6.283 pts | +0,12% |
Nasdaq 100 Futuro | 22.944 pts | +0,26% |
Dólar | R$ 5,46 | -0,40% |
Fonte: Bloomberg
Indicadores econômicos
No Brasil, a FGV informa o IPC-S (semanal), às 8h, e o IBGE publica a Pesquisa Mensal de Comércio referente a maio, às 9h.
Nos Estados Unidos, o Fed reporta o crédito ao consumidor de maio às 16h (de Brasília).