O fundo imobiliário XP Log (XPLG11) anunciou a intenção de adquirir todos os imóveis pertencentes aos fundos RBR Log (RBRL11) e RBR Desenvolvimento Logístico I (RDLI11), em uma operação que pode movimentar até R$ 1,54 bilhão. Essa aquisição representa um passo significativo na consolidação do portfólio do XPLG11 no setor logístico brasileiro.

XP Log compra imóveis da RBR

O XP Log (XPLG11) firmou uma carta de intenções para adquirir todos os imóveis dos fundos RBR Log (RBRL11) e RBR Desenvolvimento Logístico I (RDLI11). A transação, estimada em R$ 1,54 bilhão, inclui seis galpões do RBRL11 com área bruta locável superior a 208 mil m², avaliados em R$ 688,9 milhões, e dois empreendimentos do RDLI11, avaliados em R$ 468 milhões.

O pagamento será realizado da seguinte forma: R$ 395,7 milhões em dinheiro, condicionados à formalização dos contratos definitivos; R$ 20 milhões via assunção de obrigações financeiras do RBRL11; e R$ 1,13 bilhão por meio da emissão de novas cotas do XPLG11, ao valor máximo de R$ 106,92 cada.

A aquisição está alinhada à estratégia do XPLG11 de investir em imóveis logísticos de padrão elevado e localizados em regiões estratégicas. Por sua vez, a RBR busca reciclar seu portfólio, alocando os recursos em novos projetos mais alinhados com seu perfil de risco e retorno. Este é mais um movimento de consolidação de mercado, bastante comum em períodos de aperto monetário.

Benefícios da aquisição dos imóveis do RBRL11 e RDLI11

O XPLG11 conta atualmente com um patrimônio líquido de R$ 4,4 bilhões, distribuídos em 72 diferentes locatários e com uma exposição a 18 condomínios logísticos diferentes, sendo que SP possui uma participação de 45% desse montante.

Após a transação, o número de locatários sobe para 83 com a participação em 25 diferentes condomínios logísticos, além de aumentar a concentração dos ativos do fundo no estado de SP, que vai a 53% do portfólio de ativos.

A aquisição aumenta a diversificação do fundo, melhora a liquidez e traz ativos de excelente qualidade para o portfólio. São imóveis AAA, localizados em regiões consolidadas e com inquilinos que contam com grau de investimento, tal como o Mercado Livre, que passa a ser o principal locatário do fundo, responsável pela ocupação de 22% dos ativos.

Impacto no mercado e desempenho do Ifix

Após o anúncio, as cotas do RBRL11 registraram alta de +5,70%, fechando a R$ 83,70 no pregão de terça-feira, dia 1º. Já o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) recuou -0,26%, encerrando o dia aos 3.474,88 pontos. Apesar da queda, o IFIX acumula valorização de 11,51% em 2025. 

A operação entre XPLG11 e os fundos da RBR reflete a dinâmica do mercado de fundos imobiliários, com movimentos estratégicos visando otimizar portfólios, melhorar a diversificação e maximizar os retornos para os cotistas.