Copel (CPLE6) lucra acima do esperado no 1T25. Vale a pena comprar?
A companhia encerrou o primeiro trimestre com um lucro líquido de R$ 577 milhões, uma alta de +6%
A Copel (CPLE6) reportou resultados acima das expectativas do mercado no 1T25, alcançando uma receita líquida de R$ 5,9 bilhões, representando um crescimento de +9%. O Ebitda foi de R$ 1,5 bilhão, alta de +13%, enquanto o lucro líquido atingiu R$ 577 milhões, incremento de +6%, com todos os resultados comparados ao mesmo período do ano anterior.

A Copel reportou uma receita de R$ 5,9 bilhões no 1T25, uma alta de +9% em relação ao mesmo período do ano anterior, em especial pelo aumento no volume e preço médio de venda, além de reajustes tarifários.
Em relação aos custos operacionais, o aumento foi de +3%, inferior ao da receita, enquanto os custos gerenciáveis de PMSO (pessoal, material, serviços de terceiros e outros) subiram +1%, devido, principalmente, ao acréscimo de serviços de terceiros.
Assim, o Ebitda totalizou R$ 1,5 bilhão, alta de +13%, com margem Ebitda de 25,5% (+1 p.p.). Enquanto o lucro líquido da Copel, impactado por um resultado financeiro (negativo) +67% mais alto, registrou ganhos de +6%, totalizando R$ 577 milhões no trimestre.

Por fim, a Copel encerrou o trimestre com dívida bruta consolidada de R$ 19,4 bilhões e um caixa de R$ 6,5 bilhões, resultando em uma dívida líquida de R$ 12,9 bilhões. Com isso, o indicador de alavancagem (dívida líquida/Ebitda) ficou em 2,3x (vs. 2,6x em 2024).
Quais as perspectivas para a Copel em 2025?
Em 2023, a Copel foi privatizada e tornou-se uma corporação, com o governo deixando de ser seu acionista controlador. Essa mudança abriu caminho para possíveis melhorias na gestão, e a companhia já demonstra avanços nesse sentido.
Entre as ações implementadas, destacam-se a conclusão do programa de desligamento voluntário em 2024, a alienação de ativos fora do seu core business e o aumento dos investimentos no segmento de distribuição, com o objetivo de aprimorar os seus índices de qualidade.

No entanto, acreditamos que a companhia ainda tem um caminho a percorrer para aumentar sua rentabilidade, que continua no mesmo patamar de antes da privatização, com um ROE de 11%.
Diante disso, seguiremos acompanhando de fora esse processo de reestruturação.
Dividendos e JCP de Copel (CPLE6)
A companhia informou sua nova política de dividendos, onde se comprometeu a distribuir 75% do lucro líquido, com frequência de pagamento de duas vezes ao ano, desde que sua alavancagem (dívida líquida/Ebitda) permaneça dentro do limite de 2,8x (faixa de tolerância de 0,3x para mais (3,1x) ou para menos (2,5x) desde que haja convergência em até 24 meses para o centro da faixa).
O dividend yield dos últimos 12 meses é de 6,8%.
Vale a pena comprar Copel (CPLE6) após o 1T25?
No momento, devido ao seu processo de reestruturação ainda em andamento, além dos níveis de rentabilidade neutros, não temos recomendação de compra para CPLE6.
Para investir nas ações da Copel é necessário ter uma conta em uma corretora de valores. A empresa é negociada na B3 sob o ticker CPLE6.