Conflito entre Israel e Irã: impactos para o agro e petróleo
As consequências econômicas imediatas do conflito entre Israel e Irã; petróleo em alta beneficia produtoras
A recente escalada do conflito entre Israel e Irã, deflagrada na noite do dia 12 de junho de 2025, vem provocando fortes turbulências nos mercados globais, com destaque para o setor de commodities.
A instabilidade geopolítica no Oriente Médio reacende temores sobre três grandes frentes: agronegócio, exportação e insumos dependentes de petróleo ou fertilizantes.
A seguir, destacamos as empresas brasileiras com maior grau de exposição ao conflito.
Aumento nos custos de produção agrícola
O conflito entre israelenses e iranianos tem capacidade de reverberar no agro brasileiro, pressionando os custos.
Sendo o Irã um dos grandes produtores de fertilizantes nitrogenados e o Brasil um dos seus maiores destinos, a escalada pode refletir nos preços internacionais e, consequentemente, em maiores custos para os agricultores brasileiros.
O Irã também é um destino relevante da produção brasileira de milho. Em 2024, os iranianos compraram mais de 4 milhões de toneladas de milho, representando cerca de 11% do total.
Nesse contexto, a SLC Agrícola (SLCE3) e a BrasilAgro (AGRO3), além de grandes consumidoras de fertilizantes nitrogenados (como ureia), também são produtoras de milho.
Além disso, fertilizantes e defensivos agrícolas, que têm como base o petróleo e o gás natural, registram aumentos significativos de preços.
Evento pode beneficiar as produtoras de petróleo
Na semana passada, com o início do conflito, o barril de petróleo tipo Brent (referência global) chegou à casa dos US$ 74. A alta, naturalmente, tende a beneficiar empresas produtoras de petróleo. Entre os principais cases que podem se favorecer desse cenário, destacamos as junior oils Prio (PRIO3), Brava (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3).

A Petrobras (PETR4), por sua vez, mesmo se beneficiando com a alta do petróleo, pode sofrer com as menores margens do segmento de refino.
No entanto, ainda é cedo para revisar estimativas financeiras, uma vez que não há clareza sobre a duração e a profundidade do impacto desses eventos nos preços do petróleo.
Ouro recua com alívio nas tensões entre Israel e Irã
O ouro, tradicionalmente considerado um ativo de proteção em tempos de instabilidade, apresentou queda diante de sinais de alívio nas tensões entre Israel e Irã.

Embora o ouro tenha se beneficiado de movimentos de aversão ao risco, sua trajetória futura dependerá da evolução das tensões geopolíticas e das políticas econômicas globais.
Onde investir em meio à volatilidade nos mercados
Como foi possível observar na segunda-feira, dia 16, as commodities já devolveram parte da valorização registrada ao final da semana anterior, quando os conflitos tiveram início.
Em cenários de instabilidade geopolítica, é comum observar uma valorização de ativos seguros e uma desvalorização de ativos de maior risco. Esses movimentos tendem a ser rápidos e acentuados, refletindo a capacidade do mercado de antecipar os desdobramentos do cenário.
O mercado financeiro, por natureza, é suscetível a mudanças abruptas de percepção, alternando rapidamente entre extremos. Nesse contexto, Howard Marks apresenta uma analogia pertinente ao afirmar que “as oscilações de humor dos mercados assemelham-se ao movimento de um pêndulo… entre a euforia e a depressão.”
Para Marks, dado que o futuro é incerto, precisamos nos concentrar no que temos e sabemos hoje.
“You can't predict, but you can prepare”. Em português, “você não pode prever, mas você pode se preparar.” — Howard Marks
Desse modo, Marks nos deu uma grande lição sobre a importância de ter um portfólio equilibrado e diversificado para superar esses eventos e momentos de volatilidade.
Por isso, se prepare para aproveitar oportunidades pontuais, mas que podem mudar seu patrimônio de patamar.
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