Indicadores financeiros como ROE ou dividend yield costumam atrair a atenção de investidores. No entanto, esses números podem ser enganosos e ocultar situações financeiras frágeis. Entenda por que empresas quebradas muitas vezes aparecem no topo dos rankings e como evitar essas armadilhas.

A ilusão do ROE alto

O ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) é amplamente utilizado para medir a rentabilidade das empresas. Mas um ROE elevado pode ser fruto de um patrimônio líquido muito baixo — consequência direta de prejuízos acumulados. Bombril e Americanas são exemplos clássicos de empresas com ROE alto, mas em situação financeira crítica.

Popularidade não garante qualidade

Empresas grandes e populares, como Ambev ou Petrobras, não necessariamente são investimentos seguros. Fatores como concorrência agressiva ou interferência estatal precisam ser levados em conta.

Valuation baixo? Pode ser armadilha

Ações com múltiplos atrativos como P/L ou P/VP baixos exigem cautela. Empresas como Light e Americanas podem parecer "baratas", mas isso geralmente reflete dificuldades estruturais, baixa lucratividade ou risco elevado.

Buy and hold exige análise de fundamentos

Nem sempre ações indicadas como boas para buy and hold estão em bom momento de compra. Weg, por exemplo, é uma excelente empresa, mas pode estar cara. Já Itaú é uma alternativa sólida com valuation mais atrativo.

BTG e a leitura estratégica do mercado

Um ponto positivo é o movimento estratégico do BTG Pactual. A empresa está aproveitando o cenário pessimista para adquirir ativos com desconto, o que pode gerar valorização relevante no futuro. 

Conclusão: cuidado com números isolados

Investir com base apenas em indicadores de rentabilidade ou distribuição pode levar o investidor a decisões equivocadas. A recomendação é clara: analise os fundamentos, entenda o contexto e, se possível, busque ajuda especializada como a oferecida pelo Nord Advisor.