Estamos vivendo um momento que pode ser descrito, sem exageros, como inédito na história recente do mercado brasileiro. Em questão de semanas, vimos o governo anunciar mudanças profundas e repentinas na tributação sobre investimentos — e não foram poucas.

As principais mudanças que afetam os investimentos são: IOF sobre aportes em VGBL, proposta de fim da isenção para LCI e LCA, majoração de IOF cambial, majoração das alíquotas de investimentos em geral para 17,5%, entre outros.

E o pior: tudo isso em meio a um ambiente de comunicação truncada e decisões tomadas de forma improvisada. O modus operandi parece ter se invertido — primeiro se anuncia (às vezes aos berros), depois se revisa, se volta atrás, se remenda. 

Enquanto isso, o investidor observa tudo perplexo, sem saber se deve tomar uma decisão hoje ou esperar o próximo parágrafo do Diário Oficial.

O cenário é tão volátil que análises feitas há duas semanas já se tornaram obsoletas. E quem paga essa conta é sempre o mesmo: o investidor brasileiro, exposto a uma imprevisibilidade que mina a confiança, trava investimentos e obriga planejamentos a serem refeitos do zero.

As incertezas internas já preocupam quem investe aqui. Mas agora também incomodam — e muito — quem observa o Brasil de fora. O país que quer atrair capital se mostra cada vez mais disposto a mudar as regras do jogo no meio da partida.

O que muda com pacote para substituir aumento do IOF

Com a proposta de aumento do IOF, a perda da isenção de LCI/LCA e demais isentos, a unificação do IR sobre operações financeiras em 17,5% e a cobrança sobre produtos como VGBL, a mensagem do governo tem sido clara: o investidor brasileiro é um alvo fácil. E, pior, um alvo desprotegido.

Medidas do governo para compensar recuo do IOF. Fonte: Ministério da Fazenda. Elaboração Nord Wealth

A insegurança jurídica e tributária do Brasil se consolidou como um risco real de mercado. Em um cenário onde medidas relevantes são tomadas por decreto ou medida provisória — muitas vezes sem diálogo prévio com o setor privado ou aprovação do Congresso —, o investidor acorda com regras novas e perde previsibilidade. 

É impossível tomar decisões de longo prazo nesse ambiente sem se proteger de maneira estruturada.

Novos impostos e como investidor pode proteger seus investimentos

A diversificação é uma estratégia que busca proteger o investidor distribuindo os investidos. Na Nord Wealth, defendemos que a diversificação patrimonial deve ir além das classes de ativos. A diversificação precisa ser geográfica, institucional e tributária. Para nós, diversificar é suavizar a jornada, não apenas buscar retorno.

Correlação de carteira com diversificação e sem. Fonte: Nord Wealth

O gráfico de correlação que usamos com nossos clientes mostra isso de forma simples: ativos com baixa correlação entre si reduzem a volatilidade da carteira e aumentam a consistência dos resultados ao longo do tempo. 

É assim que carteiras verdadeiramente resilientes são formadas — e é por isso que olhar apenas para o Brasil, com sua alta correlação entre ativos domésticos (e riscos sistêmicos concentrados), é uma armadilha.

Além disso, o Brasil representa apenas 1% do mercado global de capitais, embora seja o 7º país em população. Nosso PIB também não passa de 2% do total mundial. Isso mostra o quanto a mentalidade do investidor local está presa a um mercado pequeno, frágil e excessivamente suscetível às vontades de Brasília.

 Brasil e o mercado global de capitais. Fonte: Nord Wealth

Internacionalizar é uma forma de equilibrar a balança — expondo parte do seu patrimônio a moedas fortes, marcos regulatórios estáveis, economias maiores e melhores oportunidades setoriais. 

Mas não se trata apenas de comprar ativos lá fora. Envolve conhecer as estruturas certas: contas, veículos, trusts, seguros e fundos que façam sentido para o seu momento de vida e seu planejamento sucessório e tributário.

Hora de estruturar seu plano patrimonial

A mensagem aqui não é de pânico, mas de prudência. O Brasil sempre foi um país desafiador para investidores — e, nos últimos meses, tem superado até seus próprios padrões de imprevisibilidade. 

Em meio a mudanças constantes nas regras do jogo, é natural se sentir inseguro sobre os próximos passos.

Por isso, mais do que nunca, ter paciência é essencial. Mas a paciência precisa vir acompanhada de ação — e, principalmente, de orientação qualificada. Porque quem não se adapta, perde. E quem tenta se adaptar sozinho corre o risco de errar no escuro.

É exatamente o que oferecemos aos nossos clientes: acompanhamento técnico e estratégico em todos os pilares do seu planejamento patrimonial. Atuamos de forma integrada — da alocação local à internacional, da previdência aos seguros, do plano sucessório à otimização tributária — com independência, sofisticação e foco nos seus objetivos.

Se você deseja construir um patrimônio que resista a qualquer governo, imposto ou instabilidade, a hora de estruturar isso com inteligência é agora.

Converse com um consultor da Nord e veja como podemos blindar suas escolhas — e sua tranquilidade.