Depois de alguns anos turbulentos para a Bolsa brasileira, o cenário parece ter mudado em 2025 — prova disso é que o Ibovespa segue próximo de renovar sua máxima histórica.

Contudo, mesmo nos níveis de preço atuais, muitos ativos de risco do país seguem com valuations atrativos e possuem boa visibilidade futura para seguir alegrando seus investidores (ainda mais se tivermos um cenário econômico melhor nos próximos anos).

Neste contexto, não queremos que caia em nenhuma furada e acabe comprando ações apenas seguindo a empolgação do mercado. Sendo assim, para te ajudar, selecionamos as 7 melhores empresas para investir agora e montar uma carteira bem diversificada. 

7 ações para investir no 2º semestre de 2025

1. Inter (INBR32)

Com potencial de forte crescimento e valorização, com base em seu plano estratégico 60/30/30, o Inter (INBR32) desponta como uma das melhores ações para investir neste momento.

O banco encerrou o 1T25 com 38 milhões de clientes (+19% a/a), um lucro de R$ 287 milhões (+57% a/a) e um ROE de 13% (+3,7 p.p.).

Embora venha desenvolvendo iniciativas de expansão internacional, o foco da instituição permanece na ampliação e monetização de sua base de clientes no Brasil, buscando ganho de escala e eficiência operacional.

Dessa forma, a instituição mantém a confiança no cumprimento das metas estabelecidas em seu plano 60/30/30 até 2027 — que contempla alcançar 60 milhões de clientes, índice de eficiência de 30%, retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 30% e lucro líquido de R$ 5 bilhões.

Nesse contexto, o banco atravessa uma fase mais favorável, equilibrando um forte crescimento e a expansão da sua rentabilidade, enquanto adota uma postura conservadora e proporciona maior visibilidade para o mercado.

Negociando a apenas 17x lucros, mantemos a recomendação de COMPRA para INBR32 na carteira Nord 10X, série focada em negócios de alto crescimento que já está entregando uma performance surpreendente e tende a melhorar ainda mais quando os juros começarem a cair.

2. PRIO (PRIO3)

Seguindo com outro nome de destaque, a PRIO (PRIO3) se consolida como uma das melhores ações para o segundo semestre, figurando entre as favoritas da Nord há bastante tempo.

Atualmente, a companhia produz 99,8 mil barris de óleo por dia e mantém expectativas de crescimento, especialmente com os investimentos contínuos em revitalização dos campos e melhorias na eficiência operacional. 

Considerando o campo de Peregrino, Wahoo, as campanhas nos demais ativos e o declínio natural dos campos, espera-se que a companhia encerre o ano de 2026 produzindo cerca de 215 mil barris por dia, o que representa um Ebitda anual acima de US$ 3 bilhões (com premissas conservadoras e Brent de US$ 60). Hoje, a empresa possui cerca de US$ 1,7 bilhão em Ebitda (últimos 12 meses).

Nos próximos dois anos, a petroleira deve manter o foco na incorporação e no incremento de produção dos campos que já fazem parte de seu portfólio e pode voltar a realizar novas aquisições a partir de 2027.

Negociando a menos de 6x Ebitda, PRIO3 segue sendo a principal recomendação da carteira ANTI-Trader do Bruce Barbosa. 

3. BTG Pactual (BPAC11) 

Dando continuidade à seleção, o BTG Pactual (BPAC11) reforça sua posição como uma das instituições financeiras mais rentáveis do país, com resultados sólidos no 1T25.

O banco registrou crescimento de 16% na receita e 17% no lucro líquido em relação ao ano anterior, com ROE de 23,2%, evidenciando sua elevada eficiência e lucratividade acima da média do setor.

Com perspectivas ainda melhores, o guidance do banco projeta novo aumento no ROE em 2025, sustentado principalmente pelo crescimento das áreas de gestão de patrimônio (wealth) e de recursos (asset), que têm alta rentabilidade e exigem baixo consumo de capital.

As projeções do mercado são igualmente positivas, com expectativa de crescimento de 17% na receita e 22% no lucro para 2025, consolidando o banco como um dos destaques do setor financeiro.

Com múltiplo de preço/lucro de 11x, BPAC11 é bastante barato quando comparado ao seu potencial de crescimento e à sua elevada rentabilidade, sendo parte das carteiras Nord 10X e Nord Ações.

4. Mills (MILS3)

Na sequência, a Mills (MILS3), líder no mercado de locação de plataformas elevatórias e equipamentos para construção, demonstra solidez e resiliência mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, com resultados expressivos no início de 2025.

A receita líquida atingiu R$ 412 milhões (+17% a/a), Ebitda ajustado de R$ 206 milhões (+21% a/a) e lucro líquido de R$ 68 milhões (+0,3% a/a).

A divisão Rental, principal motor de crescimento da companhia, fechou o trimestre com 15,1 mil máquinas em operação (+28% a/a), refletindo a expansão das linhas de Pesados e Intralogística. A receita desse segmento subiu 16%, com margem Ebitda de 47,9%.

Apesar do aumento de 9% na dívida líquida, que chegou a R$ 1 bilhão, a alavancagem manteve-se estável em 1,4x Ebitda. O ROIC fechou em 20% e o fluxo de caixa livre foi de R$ 49 milhões, revertendo o resultado negativo do trimestre anterior.

Com foco no crescimento das linhas de pesados e empilhadeiras — que operam com contratos de longo prazo e oferecem maior previsibilidade de receita —, espera-se crescimento de 20% na receita e de 15% no Ebitda em 2025.

Negociando a múltiplos abaixo da média histórica (9x lucros e 5x Ebitda), MILS3 integra a carteira Nord Deep Value, voltada para ativos fora do consenso.

5. Priner (PRNR3)

A Priner (PRNR3), empresa do setor de serviços industriais, também se destaca pelo forte desempenho no 1T25, com crescimento de receita de 70%, totalizando R$ 369 milhões. O resultado foi impulsionado pela maior aquisição de sua história e pela recuperação de contratos offshore. 

Já seu Ebitda e lucro líquido também apresentaram expansão, mas limitada pelo aumento das despesas operacionais e financeiras, totalizando R$ 40 milhões (+62%) e R$ 4 milhões (+42%), respectivamente.

No trimestre, a Priner conquistou R$ 589 milhões em novos contratos (quase 5x mais que no 1T24), mostrando que ainda há muito crescimento a ser entregue em 2025.

Com valuation muito atrativo (menos de 4x Ebitda para 2025), a empresa se destaca como uma das melhores small caps da Bolsa, sendo a principal posição do Nord Small Caps e também presente na carteira ANTI-Trader.

6. BB Seguridade (BBSE3)

Seguindo no setor financeiro, a BB Seguridade (BBSE3), companhia que reúne os negócios de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil, iniciou 2025 com desempenho positivo, registrando lucro líquido de R$ 2 bilhões no primeiro trimestre — um crescimento de +8%.

Apesar de alguns indicadores ficarem aquém das projeções, a empresa manteve seu guidance para o ano, sinalizando continuidade no bom desempenho operacional e financeiro, principalmente nas distribuições de dividendos.

A companhia se destaca por atuar em um setor de alta previsibilidade, com duas principais fontes de receita: a emissão de prêmios de seguros e os ganhos com investimentos financeiros. Esse modelo confere resiliência mesmo em cenários econômicos adversos, permitindo à companhia sustentar elevados níveis de lucratividade e retorno aos acionistas.

Com ações negociadas a 8x lucro e dividend yield superior a 10%, seguimos com recomendação de COMPRA de BBSE3 na carteira Nord Dividendos.

7. TSMC (TSMC34)

Por fim, a TSMC (TSMC34) destaca-se como escolha estratégica para exposição global em tecnologia. Atualmente, a companhia é a maior fabricante de semicondutores do mundo, fornecendo chips para gigantes americanas como Apple e Nvidia. 

Com um valor de mercado próximo a US$ 1 trilhão, ela figura entre as dez empresas mais valiosas do planeta.

Nas últimas décadas, a TSMC se beneficiou da transição do modelo verticalizado de design e fabricação para o modelo “fabless” — ou seja, empresas que projetam, mas não fabricam seus próprios chips.

Segundo estimativas da McKinsey, entre 2021 e 2030, o setor de semicondutores deve crescer, em média, 7% ao ano — projeção feita antes mesmo da explosão dos modelos de linguagem.

Nos últimos anos, a TSMC apresentou um crescimento médio anual de lucro de 21%, dobrando de tamanho aproximadamente a cada 3,5 anos. Esse avanço veio acompanhado de um retorno sobre o capital investido (ROIC) consistentemente elevado, atualmente em 22%, o que significa que, a cada dólar investido, a empresa gera US$ 1,22 em retorno.

Para os próximos cinco anos, as projeções indicam uma taxa de crescimento anual em torno de 20%. Naturalmente, esse ritmo poderá variar conforme as condições econômicas globais.

Ainda assim, trata-se de uma companhia difícil de ser substituída por seus clientes e com capacidade de repassar custos, inclusive em cenários de novas tributações.

Negociando a um múltiplo de apenas 21x lucro e com um free cash flow yield (retorno do fluxo de caixa livre) acima de 3,6%, seguimos com recomendação de COMPRA para as ações da TSMC no Nord Global.

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