Ações da Oi (OIBR3) despencam após Justiça afasta diretoria e sinaliza falência
Ações da Oi caem ~22% após decisão judicial afastar diretoria e indicar possível falência da empresa. Saiba os detalhes
As ações da Oi (OIBR3) registraram uma queda de cerca de -26,42% nesta quarta-feira, 1º de outubro de 2025, após decisão judicial determinar o afastamento de toda a administração e apontar sinais fortes de pré‑falência na empresa.

A decisão abre um prazo de 30 dias para que nova gestão e credores definam se haverá liquidação ou continuidade do processo de recuperação judicial.
O que motivou o afastamento da diretoria da Oi (OIBR3)?
A juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, decidiu afastar toda a administração da companhia — da diretoria ao conselho de administração — com base em indícios de pré-falência e gestão considerada temerária.
A magistrada justificou a medida apontando sinais de esvaziamento patrimonial após a venda de ativos da companhia, inconsistências na contabilidade e falta de transparência na utilização do caixa.
Segundo a juíza, há contradições graves entre o que a empresa afirma ter em caixa e os bloqueios judiciais existentes, além de falta de controle sobre imóveis e valores que deveriam estar disponíveis para pagamento de credores.
O que acontece com a Oi agora?
Com a decisão, foi nomeado um gestor judicial temporário para conduzir a transição. Essa nova administração terá o dever de preservar os serviços essenciais de telefonia e conectividade, além de apresentar, junto aos credores, um plano de ação para definir se a empresa será liquidada ou seguirá em recuperação judicial.
Durante esse período de 30 dias, as obrigações financeiras da Oi ficarão suspensas.
Sem condições de conciliar o pagamento dos compromissos com os seus credores e a manutenção das suas operações, reforçamos a nossa recomendação de evitar os papéis da Oi.