A ação da Azul (AZUL4) protagonizou forte alta nesta segunda-feira, 8, ao saltar mais de +60% durante o pregão — um movimento impulsionado por aquisições em grande volume por instituições como J.P. Morgan, UBS e Goldman Sachs, além de um possível short squeeze. 

A alta também influenciou o papel da Gol (GOLL54), que subiu quase +15% no mesmo dia, indicando um movimento positivo no setor aéreo como um todo.

O que levou ao short squeeze nas ações da Azul?

A valorização foi impulsionada por aquisições em grande volume realizadas por instituições como J. P. Morgan, UBS e Goldman Sachs, com cerca de 4 milhões de ações compradas em um único pregão

Esse movimento incomum no volume chamou a atenção do mercado e contribuiu para o forte avanço do papel da Azul. Investidores com posições vendidas na aérea foram forçados a recomprar as ações diante da alta inesperada, gerando um efeito cascata de valorização – o chamado short squeeze

Esse fenômeno acentua o movimento de alta, mesmo sem mudanças estruturais nos fundamentos da empresa.

A ação da Azul pode continuar subindo?

Apesar da euforia no pregão, é importante considerar que a Azul ainda enfrenta uma situação financeira delicada, com elevado nível de endividamento e risco de liquidez. A possível fusão com a Gol e ajustes regulatórios podem influenciar os próximos passos, mas o cenário segue incerto e de alto risco. No momento, recomendamos evitar o papel AZUL4.

Quais ações têm mais de 20% do free float vendido a descoberto?

De acordo com um levantamento da XP Investimentos, Azul (AZUL4), Simpar (SIMH3), Casas Bahia (BHIA3), Vamos (VAMO3), Auren Energia (AURE3), MRV (MRVE3), Raízen (RAIZ4), Magazine Luiza (MGLU3), Vivara (VIVA3) e Taesa (TAE11) possuem mais de 20% de seu free float vendido a descoberto. Esse fator aumenta a probabilidade de episódios de short squeeze — como o ocorrido com a Azul.

Otimismo cresce no setor aéreo. É hora de investir ou é arriscado?

Apesar das tarifas de até 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, houve um crescimento expressivo na receita de voos corporativos do Brasil para os EUA. Dados da Abracorp mostram que o faturamento com esse tipo de viagem cresceu 39% em julho de 2025, alcançando R$ 22,1 milhões. Esse dado contrasta com o crescimento mais modesto de 6,59% nas receitas totais do setor corporativo.

Esse movimento é considerado uma notícia positiva para companhias aéreas brasileiras, como Azul, Gol e LATAM, que podem ver uma melhora na receita com voos internacionais, principalmente na rota EUA-Brasil.