Americanas (AMER3) elimina dívida fiscal milionária; por que não recomendamos as ações?
A varejista firmou um acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para regularizar suas dívidas fiscais, no valor de aproximadamente R$ 865 milhões

A Americanas (AMER3) firmou na última semana um acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para regularizar aproximadamente R$ 865 milhões em dívidas fiscais. O acordo prevê desconto integral de juros e multas, limitado a 70% do valor consolidado da dívida.
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Americanas faz acordo financeiro com PGFN
A Americanas anunciou um acordo com a PGFN para regularizar suas dívidas fiscais. O acordo prevê um desconto de R$ 500 milhões, reduzindo o montante de R$ 865 milhões em débitos tributários.
Após os descontos, o saldo remanescente será quitado por meio da conversão de depósitos judiciais, utilização de créditos decorrentes de prejuízos fiscais e caixa próprio, em parcela única.
Os efeitos do acordo serão refletidos nas demonstrações financeiras do segundo trimestre de 2025.

Dívida atual
A Americanas encerrou o 1T25 com uma dívida bruta de R$ 1,8 bilhão, composta por R$ 1,8 bilhão em debêntures públicas e R$ 61 milhões em empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo relacionados a empresas do grupo que não estão em recuperação judicial.
Quando a Americanas vai sair da recuperação judicial?
A conclusão do acordo com a PGFN representa um passo significativo na recuperação judicial da varejista, que enfrenta desafios desde a revelação de inconsistências contábeis em janeiro de 2023.
A regularização fiscal é essencial para a reestruturação financeira da empresa e para a retomada da confiança de investidores e credores. No entanto, não é possível afirmar quando o processo de recuperação judicial será concluído.
O sucesso dessa trajetória dependerá da execução eficaz do plano de reestruturação e da superação dos desafios operacionais e financeiros que ainda persistem.
Americanas (AMER3): é hora de reconsiderar o investimento ou não?
O acordo para regularizar todas as suas dívidas fiscais não altera as questões fundamentais que levaram à crise da empresa. A Americanas enfrenta dificuldades operacionais relevantes e que o acordo fiscal não é suficiente para justificar um investimento no momento.
Recomendamos cautela aos investidores, considerando os desafios operacionais e financeiros ainda presentes.

