Ações ordinárias: como funciona este tipo de ação?

As ações ordinárias são ideais para quem deseja entrar no mundo de investimentos e quer usufruir dos poderes de um acionista. Por isso é importante entender bem como elas funcionam e como começar neste mercado.

Investidores que atuam na bolsa de valores podem passar por algumas confusões no que diz respeito aos termos utilizados no mercado. Isso acontece porque existem diversas particularidades que podem deixar os iniciantes mais inseguros.

Um destes casos diz respeito às ações ordinárias (ON) e qual a diferença para as preferenciais, por exemplo. Neste artigo, falaremos mais sobre esse tipo de ativo e como funcionam. Para saber mais, continue a leitura!

O que são ações ordinárias?

As ações ordinárias (ON) são fragmentos do capital social de uma empresa que conferem ao comprador o direito de voto nas assembleias que reúnem os demais acionistas. Sendo assim, elas permitem que os sócios sejam capazes de influenciar nas decisões da companhia.

Outra característica importante dessas aplicações é que elas asseguram ao acionista a venda do ativo por ao menos 80% do seu valor de mercado caso um novo investidor assuma o controle da instituição. É possível encontrar companhias com o percentual de até 100%.

A identificação das ações ordinárias se dá por conta do número 3, inserido em seu código, também chamado de ticker. Ele serve para o investidor conseguir identificar de qual empresa se trata. A Petrobrás, por exemplo, tem o código PETR3.

Como funcionam as ações ordinárias?

Ao fazer a aquisição de ações ordinárias, o investidor passa a ter o poder de participar de algumas decisões a respeito do negócio. Seus votos, assim, são proporcionais ao número de papéis que detém. Quando a quantidade de ações é menor, o acionista tem menos controle sobre a empresa.

Outra questão relevante é que essas aplicações podem apresentar maior risco aos acionistas. Isso acontece porque, em caso de falência da empresa, estes serão os últimos a receberem seu ressarcimento. Nesse caso, são priorizados os donos de ações preferenciais (PN).

Em contrapartida, esses ativos contam com o tag along, que protege os acionistas e permite que elas sejam vendidas por no mínimo 80% de seu valor de mercado caso o controle da companhia passe para outro investidor.

Qual a diferença para ações preferenciais e units?

A principal diferença das ações ordinárias em relação às preferenciais é que a segunda não oferece direito ao voto. Em contrapartida, as PNs contam com a prioridade no recebimento de dividendos e valores a serem ressarcidos em caso de liquidação da empresa.

Já as ações units podem ser consideradas um tipo de pacote, que une papéis de ações ordinárias e preferenciais ao mesmo tempo. Um exemplo disso é que um investidor, ao adquirir uma unit, pode estar comprando dois papéis ON e um papel PN, ou o contrário.

Em relação aos tickers, as ações ordinárias têm o número 3 ao final do seu código, já as preferenciais contam com o número 4 e as units são identificadas pelo 11.

Quais as vantagens e desvantagens?

As ações ordinárias têm vantagens e desvantagens comparadas a outros produtos do mercado financeiro. Confira abaixo de forma mais detalhada esses aspectos!

Vantagens

Participação na administração da companhia

Um dos principais atrativos destes ativos é a possibilidade que o investidor vote nas assembleias. Assim, as decisões passam a ter influência direta de quem adquire esses papéis.

Em boa parte das companhias, a participação equivale à quantidade de ações ordinárias que um indivíduo tem, ou seja, quanto mais ativos, maior o poder.

Sem envolvimento nas dívidas

Em contrapartida, mesmo com o direito ao voto, o acionista não corre o risco de se responsabilizar por dívidas contraídas pela empresa. As perdas não podem ultrapassar o capital aplicado pelo investidor.

Essa é uma vantagem muito considerável, principalmente para aqueles que têm medo de correr riscos em seus investimentos.

Tag Along

O tag along, já citado anteriormente, é o mecanismo de preservação dos investidores que é ativado quando o controle acionário da empresa muda de figura. Ele permite que o investidor minoritário escolha se deseja seguir como proprietário dos papéis.

Nessa situação, caso ele decida vender as ações ordinárias, o novo controlador da companhia deve garantir a compra do papel por pelo menos 80% de seu valor de mercado.

Desvantagens

Sem prioridade nos dividendos

As ações ordinárias não contam com a prioridade de recebimento dos dividendos, algo que acontece com as preferenciais. Isso pode gerar uma demora maior para obter os retornos.

Sem prioridade nas restituições

O mesmo acontece no caso do recebimento das restituições se a empresa for à falência. Aqui, os acionistas das preferenciais recebem primeiro e só depois os valores são distribuídos aos proprietários de ações ordinárias.

Como investir em ações ordinárias?

O primeiro passo para investir em ações ordinárias consiste em encontrar uma corretora que vai te ajudar nesse processo inicial. Ela será a responsável por fornecer o home broker, uma plataforma para conduzir as operações.

Em seguida, faça a transferência do capital para sua conta na instituição. É importante que os valores sejam enviados por contas que tenham a mesma titularidade de quem fará as aplicações.

Após entrar na plataforma, é hora de selecionar as ações ordinárias que vão compor sua carteira. Nessa etapa é essencial contar com a ajuda de profissionais com expertise no mercado, pois assim é possível escolher as melhores opções do mercado.

Gostou deste conteúdo? Para saber mais, conheça as assinaturas da Nord Investimentos e como elas podem te ajudar na seleção de suas ações ordinárias.

Resumindo

Como funcionam as ações?

As ações são frações do capital de uma determinada empresa. Sua negociação acontece por meio da bolsa de valores. Isso significa que, quando um investidor faz a aquisição de uma ação, ele está adquirindo um pedaço da companhia em questão.

Quais as vantagens das ações ordinárias?

A vantagem mais relevante das ações ordinárias é a possibilidade que o investidor vote nas assembleias de acionistas, participando assim das decisões a respeito da empresa. Além disso, há o tag along, que oferece mais segurança aos investidores em caso de mudança no controle da companhia.