As ações favoritas do Lula
Setor de incorporação avança com Lula: conheça as ações mais beneficiadas com as novas medidas do MCMV e saiba onde investir
Recentemente, o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que novas mudanças no Minha Casa Minha Vida (MCMV) serão feitas ainda neste ano, com a expansão dos limites nas faixas 1, 2 e 3 do programa, que abrangem rendas mensais de até R$ 8,6 mil e imóveis de até R$ 350 mil.
O impacto do Minha Casa Minha Vida no setor
O ministro afirmou que votará para que o orçamento do FGTS para habitação seja de quase R$ 160 bilhões em 2026, sendo R$ 147 bilhões destinados ao financiamento dos compradores do MCMV e R$ 12,5 bilhões para os subsídios do programa (R$ 136 bi e R$ 12 bi em 2025, respectivamente, representando um aumento total de +8%).
A previsão inicial do governo era de realizar 2 milhões de contratações no MCMV nos quatro anos de mandato, mas essa marca será atingida já no fim deste ano (1,8 milhão de unidades contratadas até o momento). Com isso, a nova estimativa é de 3 milhões de contratações.
Crédito para reformas
Dentro do programa MCMV, o governo também anunciou uma nova linha de crédito voltada à reforma de moradias para famílias com renda mensal de até R$ 9,6 mil, com financiamentos entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, juros reduzidos e prazos de pagamento entre 24 e 60 meses.

Novo modelo de financiamento habitacional
Para atender famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil (acima da recém-criada faixa 4 do MCMV, que não receberá mudanças no momento), o governo propôs um modelo de financiamento habitacional que envolve:
- Aumento da parcela dos recursos da poupança destinada ao Sistema de Financiamento Habitacional (SFH), cujo teto de juros é de 12% ao ano, ou seja, abaixo do praticado no financiamento livre, que tem ficado acima de 13% a.a. atualmente.
- Elevação do teto do SFH de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
- Retorno do financiamento de até 80% do valor do imóvel pela Caixa Econômica Federal (limite havia sido reduzido para 70% no fim de 2024).
Os recursos para bancar a mudança virão da redução gradual do montante que é depositado como compulsório no Banco Central em aplicações na poupança (com liberação imediata de R$ 37 bilhões e R$ 52 bilhões a mais no primeiro ano), que vem registrando saques recordes recentemente, prejudicando a expansão do crédito no segmento.
Ações que mais se beneficiam das medidas do governo
Entre as principais beneficiadas pelas últimas mudanças anunciadas para o setor, destacamos três empresas listadas na Bolsa.
MRV (MRVE3)
Apesar da pequena concorrência da linha de crédito voltada às reformas na venda de imóveis, as notícias são bastante positivas para MRV (MRVE3), que se beneficiará tanto das mudanças no MCMV (baixa renda) quanto no média renda, com sua marca destinada ao segmento (Sensia).

Lavvi (LAVV3)
Ainda no setor de incorporação, também ressaltamos os impactos positivos para a Lavvi (LAVV3), principalmente por conta do aumento do teto do SFH e o aumento da parcela que pode ser financiada.

Inter (INBR32)
Por fim, no setor financeiro, vale destacar que a carteira de crédito imobiliário do Inter (INBR32) é bastante relevante no todo e a empresa tende a ser a maior beneficiada entre os bancos pelas mudanças no financiamento imobiliário anunciadas pelo governo. Assim como já havia sido a maior beneficiada com a criação do consignado privado, dado o perfil da sua base e a não canibalização do produto com o resto de seu portfólio.

Desempenho das ações
Em 2025, as ações do Inter (INBR32) lideram os ganhos com valorização de +100,26%, seguidas por Lavvi (LAVV3), que sobe +97,01%, e MRV (MRVE3), com alta de +32,58%. No mesmo período, o Ibovespa acumula avanço mais modesto de +21,14%.

Essas empresas apresentam fortes perspectivas de crescimento para os próximos anos e, apesar das valorizações expressivas recentes de suas ações, ainda negociam a preços bastante atrativos.
Atualmente, a MRV, a Lavvi e o Inter possuem recomendação de compra pela Nord.

