10 ações abaixo de R$ 10 que pagam dividendos

Descubra ações baratas que pagam dividendos e aprenda a investir com estratégia para gerar renda extra de forma consistente e segura

Hugo Cabral 15/09/2025 17:07 6 min
10 ações abaixo de R$ 10 que pagam dividendos

Muitas pessoas que buscam renda extra costumam considerar investir em ações baratas que pagam dividendos como uma alternativa interessante.

Esse tipo de provento pode potencializar os retornos no longo prazo e gerar o conhecido “efeito bola de neve” — mas exige disciplina, aportes regulares e reinvestimento dos ganhos.

Com isso em mente, selecionamos 10 ações que atualmente custam menos de R$ 10 por papel e que, nos últimos 12 meses, distribuíram dividendos expressivos a seus acionistas.

No entanto, é preciso refletir: isso as torna automaticamente atrativas? E os dividendos pagos por essas empresas são realmente sustentáveis ao longo do tempo?

Sumário

10 ações “baratas” que pagam dividendos

TickerPreçoDY (%)
SYNE3R$ 6,5163,40%
EPAR3R$ 4,3841,95%
ALLD3R$ 8,2424,69%
WHRL4R$ 4,8418,23%
CMIN3R$ 5,1016,28%
UCAS3R$ 1,2914,08%
MTRE3R$ 3,9013,09%
EQPA3R$ 5,6811,60%
MELK3R$ 3,8011,58%
GRND3R$ 5,1711,28%

Fonte: Economatica

Entre as ações mais “baratas” que pagaram os melhores dividendos nos últimos 12 meses, estão a SYN (SYNE3) e a Embpar (EPAR3), com dividend yields de 63% e 42%, respectivamente, e ambas custando abaixo de R$ 7 atualmente.

Fechando o pódio, temos a Allied (ALLD3), com um rendimento anual de mais de 24% e ações que custam em torno de R$ 8.

Vale a pena investir nas ações baratas pagando dividendos?

Todo mundo sonha com ações boas e baratas. Mas, antes de se empolgar com os retornos exorbitantes e o preço “baixo”, muita calma! Sei que comprar uma ação que custa menos de R$ 10 parece bem em conta. Além disso, pagando um bom dividendo, o negócio parece se tornar ainda melhor.

Vamos analisar, rapidamente, para as três primeiras do ranking e ver se são, de fato, boas oportunidades no momento.

SYN (SYNE3)

A SYN é uma companhia do ramo imobiliário com operações voltadas, principalmente, para os segmentos de shopping centers e edifícios corporativos de alto padrão, com atuação nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

O setor imobiliário é bastante cíclico e, consequentemente, os resultados das companhias oscilam, assim como a remuneração dos acionistas (como é possível ver na imagem abaixo).

Lucro líquido da SYN nos últimos 10 anos
 Lucro líquido da SYN nos últimos 10 anos. Fonte: Bloomberg

Com os juros permanecendo nos níveis atuais, a tendência é que o consumo siga pressionado, podendo impactar os dividendos da SYN e de seus pares.

No fim, essas grandes “porradas” em seus resultados e dividendos podem ser atribuídas a eventos extraordinários, como a venda de participação em algum imóvel de seu portfólio. Não é possível esperar um dividend yield de 63% todos os anos.

Embpar (EPAR3)

Já a Embpar é, de longe, a menos conhecida da lista. A empresa é uma holding que investe na industrialização e comercialização de derivados da madeira, além de também atuar no ramo imobiliário. 

Nos últimos trimestres, os resultados têm apresentado uma tendência de queda (e as ações estão seguindo o mesmo caminho). Sendo assim, a trajetória natural é que seus dividendos também retornem aos patamares “normalizados”.

Lucro líquido da Embpar nos últimos 10 anos
 Lucro líquido da Embpar nos últimos 10 anos. Fonte: Bloomberg

Afinal, manter um dividend yield de quase 42% não é uma tarefa nada fácil (nem mesmo para gigantes como a Petrobras, por exemplo).

Além disso, as ações da Embpar possuem uma baixíssima liquidez, com um volume de cerca de R$ 26 mil negociados diariamente (consideramos, como filtro de alocação, um volume mínimo de R$ 1 milhão).

Allied (ALLD3)

Por fim, a Allied é uma empresa que atua no mercado de varejo (físico e digital), basicamente vendendo eletrônicos, como celulares e outros equipamentos.

Com o setor sendo severamente afetado pelo cenário macroeconômico, os resultados da companhia também foram impactados desde sua entrada na bolsa brasileira, em 2021.

Agora, seus números até mostram sinais de recuperação, impulsionando seus dividendos.

Contudo, como aconteceu nos últimos trimestres, é de se esperar uma normalização das distribuições, tendo em vista que os patamares atuais representam cerca de 4x mais do que a média histórica das empresas listadas no Brasil.

Dessa forma, não recomendamos a compra de qualquer uma das três. 

Na verdade, no momento, não temos recomendação para nenhuma das ações da lista, tendo em vista que não enxergamos resiliência e previsibilidade em seus resultados e dividendos a longo prazo.

Vale ressaltar também que não é porque essas ações custam menos de R$ 10 que elas estão realmente baratas.

O barato pode sair caro

Parece contraditório, mas existem ações que custam R$ 1 e são caras, enquanto, ao mesmo tempo, há aquelas que custam R$ 50 e são baratas.

O fato de uma ação ser negociada abaixo de R$ 10 não justifica uma compra — ou, pelo menos, não deveria.

Comprar uma ação barata nada mais é do que pagar pouco pelos resultados das empresas. Para isso, usamos indicadores (também chamados de múltiplos) equivalentes ao preço/m² dos imóveis, como o preço/lucro (P/L) e o EV/Ebitda. Quanto menor o múltiplo, melhor.

Assim, conseguimos comparar o preço atual de uma ação com o valor da companhia que está sendo analisada. 

Na lista de 10 ações “baratas” que pagam dividendos, há empresas que, além de não apresentarem boa visibilidade de distribuição de proventos, também negociam a múltiplos equivalentes ou até superiores à média histórica da bolsa brasileira. 

Portanto, a tabela nos traz a falsa sensação de que temos uma boa receita para comprar algo descontado e com bons dividendos, mas não podemos (e nem devemos) nos limitar a isso.

Como encontrar boas ações que pagam dividendos

Mais do que olhar para o preço, o investidor precisa avaliar o valor real do negócio. Uma ação pode custar R$ 5 e ainda assim estar cara, enquanto outra negociada a R$ 50 pode estar barata em termos de fundamentos.

Para identificar boas ações pagadoras de dividendos, é importante observar alguns pontos:

  • modelo de negócio: como a empresa gera receita e sua resiliência em diferentes ciclos;
  • histórico de resultados: consistência nos lucros e na capacidade de distribuir dividendos;
  • regularidade: previsibilidade dos pagamentos ao longo do tempo;
  • endividamento: se a empresa consegue manter os proventos mesmo em momentos desafiadores;
  • liquidez: volume negociado em Bolsa, que garante facilidade para comprar e vender os papéis;
  • múltiplos de mercado: indicadores como Preço/Lucro (P/L) e EV/Ebitda para avaliar se o ativo está descontado em relação ao setor.

Em outras palavras: não olhe apenas preço, olhe valor. Essa é a chave para separar uma oportunidade real de um risco disfarçado de barganha.

Se você quiser ajuda para encontrar ativos que realmente oferecem boas oportunidades, o Nord Renda Turbinada foi criado justamente para isso. Além da carteira de dividendos, a série também libera acesso às recomendações de fundos imobiliários, combinando duas fontes de renda recorrente.

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